[Resenha] Um perfeito Cavalheiro - Julia Quinn

Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse é um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, ela consegue entrar às escondidas no baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhce o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois, Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica.

Título Original: An Offer From A Gentleman

Série: Os Bridgertons #3

Editora/Ano: Arqueiro/2014

Categoria: romance de época

Nota: 5/5 + Favorito

+ 16

Skoob 

Olá, pessoal. Tudo bem?

Acho que todos perceberam que eu amo romances de época, e se for algum da diva Julia Quinn, melhor ainda! E a nossa resenha de hoje é do lindo Um Perfeito Cavalheiro, terceiro livro da série Os Bridgertons, que é publicada no Brasil pela Arqueiro.

Confiram as resenhas dos outros livros da série nos links abaixo, ao final desta resenha. 

Vamos lá?

Em Um perfeito cavalheiro, Julia Quinn nos brinda com uma linda releitura do clássico Cinderela, trazendo o cortês e educado Benedict Bridgerton no papel de príncipe encantado dos sonhos de qualquer mulher!

Sophie Beckett é a filha bastarda do Conde de Penwood, e foi criada como pupila do pai, tendo direito a educação completa de uma dama aristocrática. Quando a jovem tinha 10 anos, o pai se casou com a viúva Araminta, que tinha duas filhas com idades próximas a Sophie. A madrasta jamais aceitou o fato da bastarda do marido viver em sua casa, sendo educada com suas filhas, então vê na morte do conde a chance de se vingar de seu desafeto. Como o testamento de Penwood determinava uma renda maior para a viúva, caso ela mantivesse Sophie em casa, e a criasse, Araminta deixa que a menina viva ali, porém como uma criada. Na verdade, ela estava mais para uma escrava, vez que fazia o serviço de três criados e não recebia nada. Exploração e humilhação é pouco, perto de tudo que a jovem enfrentou!

Quando Lady Violet Bridgerton resolve dar um grande baile a fantasia, os criados de Araminta ajudam Sophie a se vestir a altura, e ela vai ao baile, onde imediatamente encanta Benedict, o segundo filho de Violet. Esse é o que se pode chamar de um encontro de almas gêmeas, e até eu, que não acredito em amor à primeira vista, não fiquei imune a força do momento. Mas, como toda história da Cinderela que se preze, Sophie precisa partir à meia-noite, e deixa Benedict sem imaginar qual é sua verdadeira identidade, e louco a sua procura.

Quando a condessa descobre que Sophie foi ao baile, a expulsa de casa. Dois anos se passam, e então Sophie e Benedict se reencontram, quando ele a salva de um sério ataque. Porém, ele não reconhece a bela dama mascarada, que dominou seus pensamentos nos últimos dois anos, na simples criada. Benedict leva Sophie para trabalhar na casa de sua mãe, que a recebe com um carinho e atenção maior que o reservado aos criados da época.

Por Deus, ela reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Escutava-a com bastante frequência em seus sonhos.
Era Benedict Bridgerton. Seu príncipe encantado.

Pág. 82

O livro é bem previsível, mas é extremamente encantador. Benedict é um verdadeiro príncipe encantado, e Sophie me conquistou por sua força de caráter. É impossível não torcer por esses dois. E é mais impossível não amar ainda mais a família Bridgerton. Eu já adorava Violet, mas a matriarca da família ganhou minha mais absoluta administração ao ficar ao lado do filho, ao vê-lo se apaixonar por uma mulher de posição social tão distinta da deles. E foi Violet que nos proporciona a melhor cena do livro, mais ao final.

Era estranho encontrar uma mulher que podia fazê-lo feliz apenas com sua presença. Ele não precisava vê-la ou ouvir sua voz, ou mesmo sentir seu perfume. Só precisava saber que ela estava lá.
Se isso não era amor, Benedict não sabia o que era.

Pág. 202

Escrito em terceira pessoa, Um perfeito cavalheiro é um verdadeiro conto de fadas, encantador e mágico! Julia adota mais uma vez um tom leve e divertido, recheado de romance. Como é comum na série, há uma carga de sensualidade, porém as cenas mais picantes são leves e poucas. E, mais uma vez nos divertimos com as crônicas da misteriosa e irreverente Lady Whistledown.

A escrita é fluida, a letra grande e o papel amarelado. E isso, somado aos capítulos curtos, deixam a leitura mais dinâmica. E a capa é linda! Amo as capas dessa série.

Esse é o meu livro favorito na série, até o momento, e recomendo demais.

Beijos

Resenhas da série:

1 - O Duque e eu

2 - O visconde que me amava

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