[Resenha] Uma Canção de Ninar - Sarah Dessen


Remy não acredita no amor. Sempre que um cara com quem está saindo se aproxima demais, ela se afasta, antes que fique sério ou ela se machuque. Tanta desilusão não é para menos: ela cresceu assistindo os fracassos dos relacionamentos de sua mãe, que já vai para o quinto casamento. Então como Dexter consegue fazer a garota quebrar esse padrão, se envolvendo pra valer? Ele é tudo que ela odeia: impulsivo, desajeitado e, o pior de tudo, membro de uma banda, como o pai de Remy — que abandonou a família antes do nascimento da filha, deixando para trás apenas uma música de sucesso sobre ela. Remy queria apenas viver um último namoro de verão antes de partir para a faculdade, mas parece estar começando a entender aquele sentimento irracional de que falam as canções de amor.


Título original: This Lullaby
Editora/Ano: Seguinte/2016
Categoria: juvenil, drama, romance

* Livro cedido como cortesia pela Editora Seguinte pare resenha


Olá pessoal, tudo bem?

Tem muiiito tempo que não faço resenha aqui, não é? Estou numa fase complicada, super ocupada e a cabeça não anda boa nem para ler. Por isso, tenho lido beeeem pouco, perto do meu padrão normal. Mas vamos que vamos, lendo pouco, mas lendo! É o que importa!

"Esta canção de ninar
Tem poucas palavras
Apenas alguns acordes
Neste quarto vazio
Mas você pode ouvir e ouvir
Aonde quer que vá
Vou te decepcionar
Mas esta canção vai continuar a tocar..."

Uma canção de ninar é o novo lançamento de Sarah Dessen no Brasil, uma autora que tem como característica principal abordar temas reais e bem atuais em suas obras, o que confere aquele ar verossímil nas mesmas. 

Remy é uma jovem de 18 anos, que não acredita no amor. Sua mãe é uma famosa romancista, que se casou várias vezes e está às vésperas de um novo matrimônio. E seu pai era um músico que ficou famoso por um único single, antes de morrer jovem. A composição 'Canção de ninar' foi escrita para a filha, Remy, a quem o pai nunca conheceu. Tudo isso contribui para a visão cínica que a jovem tem da vida. E a personalidade carente e dependente da mãe é, sem dúvida, mais um incentivo forte para que ela deseje que o verão, que mal começou, acabe logo, e ela possa se mudar para a universidade, literalmente do outro lado do país.

É nesse verão que Remy vê seus conceitos questionados, ao conhecer Dexter, um rapaz que representa tudo que ela mais abomina. Desleixado, desengonçado, meio palhação, e o pior de tudo: músico. Nem mesmo Remy entende o que vê em Dexter, e porque incia um relacionamento com ele, no qual faz tantas concessões.

“Eu já não tinha mais nenhum ilusão a respeito do amor. Ele vinha, ele ia, deixava vitimas ou não. As pessoas não eram feitas para ficar juntas para sempre, independente do que diziam as músicas.” Pág. 64

Uma canção de ninar é um livro típico de Sarah Dessen, e tem como foco principal os dramas e problemas familiares, e traz uma história real, que poderia ser a sua, ou de algum conhecido seu. O livro demonstrando como o ambiente no qual uma criança cresce pode influenciar muito seu comportamento futuro. Mas, deixando claro também que nada está escrito na pedra e é imutável. O irmão mais velho de Remy, Chris, demonstra isso ao se apaixonar e buscar ser uma pessoa melhor.

Entretanto, o livro não me conquistou. Sarah Dessen escreve muito bem, e a excelente tradução e revisão da Seguinte contribuem para que esse seja realmente um livro muito bem escrito. Mas, infelizmente, a história não me cativou, e com isso levei dias para finalizar a leitura.

Não achei os temas abordados tão profundos quanto de outros livros da autora. Teve um momento que eu pensei que seria. Quando ficamos sabendo de uma contecimento traumático do início da adolescência de Remy, algo que ajudou a molda-la na 'vaca fria e cruel, que transava com todo mundo', como ela mesma se definia. Porém, ficou apenas em uma breve menção, sem maiores aprofundamentos.

A diagramação da Seguinte está muito bem feita, com páginas amareladas, letras grandes e espaçadas, e uma revisão super bem feita. Se havia erros, eu realmente não percebi. E a capa é fofa. Mais uma vez, do parabéns a editora pelo excelente trabalho gráfico.

Bom, pessoal, é isso.

Beijos

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