[Resenha] O Mago de Camelot - Marcelo Hipólito

De uma infância pobre e sofrida à irresistível ascensão aos salões dos grandes reis; de um começo sem esperanças ao despertar de um poder inigualável, invejado e temido, Merlin, é levado a se tornar o homem mais influente da Idade das Trevas. Confidente supremo do rei Artur e maior conselheiro da corte de Camelot. Misterioso e enigmático. Amado e odiado. Druida, monge e mago. Na Britânia do Século V da Era Cristã – abandonada pela queda do Império Romano à barbárie dos invasores saxões –, Merlin surge para impor um novo tipo de rei a um povo abatido e desesperado, alterando, para sempre, não apenas o destino dos britânicos, mas de toda a humanidade. A saga de um homem determinado a erigir uma civilização de paz e justiça numa terra devastada pelo caos e a guerra em uma aventura épica e brutal que equilibra realismo duro com doses amargas de magia.

Editora: Novo Século - Novos Talentos

Gênero: Aventura

Ano: 2013

Páginas: 152

Nota: 4/5

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O Mago de Camelot é o livro de estreia do autor Marcelo Hipólito, que recebi para leitura como parte de um booktour organizado pela Dani, do blog Livros, a janela da imaginação. Mais uma vez obrigada pelo convite, Dani, adorei a oportunidade.

O Mago de Camelot

A saga de Merlin para coroar um dragão

Eu adoro mitologias, sou super fã mesmo, e sempre gostei das histórias Arthurianas, sobre as quais já vi inúmeros filmes. Mas esse foi o primeiro livro 100% sobre o tema que leio, porque outros abordavam superficialmente uma ou outra temática, sem trazer todos os elementos. E esses elementos estão todos em O Mago de Camelot: a lendária Camelot, a mística Avalon, a super conhecida Excalibur, os mitos e a magia. Isso sem falar nos personagens marcantes como Merlin, Arthur, Guinevere, Lancelot, Morgana. Marcelo Hipólito conseguiu recriar uma versão da lenda Arhuriana com todos os elementos e personagens típicos, de forma bem construída e instigante, e isso em apenas 150 páginas.

O livro narra a luta da Britânia pela sobrevivência e perpetuação no poder, em um momento marcado por disputas territoriais e guerras sanguinárias. Para os fãs de uma boa cena de ação, o que não falta nesse livro são batalhas. Confesso que é foi o que menos gostei, pois não sou muito fã de cenas de guerras, mas leiam sem medo, porque apesar de bem narradas, as cenas mais brutais e violentas não foram descritas nesse nível de detalhe (Ainda bem!!!). E é nesse meio de guerras e disputa pelo poder que a trama se desenrola, e acompanhamos Merlim desde sua infância, passando pelo nascimento de Arthur e a ascensão deste como soberano, e do primeiro como um poderoso mago.

O personagem principal, como o título já antecipa, é Merlin, a quem acompanhamos desde a infância miserável , até se tornar o mago mais poderoso e temido da Britânia e também o homem mais poderoso de seu tempo, tamanha sua influência sobre o Rei Arthur, de quem foi mentor. A construção do personagem é ótima, a narração de seus passos rumo ao sucesso e a aquisição de conhecimentos e poderes, bem convincente.

Na minha opinião, antes de druida, feiticeiro, mago, o autor construiu um Merlin humano por excelência, com todas as qualidades e defeitos inerentes a todos nós. Digo isso porque enxerguei no personagem a existência, ora conflitante, ora harmoniosa, de características tão distintas, e ao mesmo tempo tão humanas, como a bondade, preocupação com o povo e suas necessidades, mas também egoísmo, arrogância e prepotência. Esse, que foi um dos homens mais poderosos de seu tempo, não esteve imune à corrupção do poder, e por mais de uma vez vemos como é capaz de manipular as pessoas e situações, assim como ser vítima de sua própria prepotência. Sem dúvida nenhuma, o ponto mais positivo do livro foi a construção desse personagem tão complexo.

- O destino é implacavél. Mas lembre, Artur, nós sempre temos escolha.

O futuro não está definido. Ele é fluido, incerto, moldado segundo nossas vontades.

Página 96

Arthur é outro personagem de grande destaque na trama, e foi descrito um rei justo e bondoso, mas durante toda a leitura não consegui perder a visão dele como um menino dependente, que necessita de guia a todo o momento. Talvez porque Merlin tenha sido um personagem tão forte, que eclipsou os outros, mas o fato é que não me identifiquei com Arthur.

Quanto a Guinevere, foi outro personagem cuja construção não me agradou. Achei que ela apareceu pouco e teve pouco destaque, e senti falta de um aprofundamento maior no relacionamento com Arthur. Mas em compensação, Morgana arrasou como vilã na história!

O livro está muito bem escrito, e conseguiu criar uma história com começo, meio e fim em poucas páginas, e a leitura é bem fluida e tranquila. E a diagramação é simples, mais bem feita. Recomendo muito o livro, não só para aqueles que curtem lendas, em especial as Arthurianas, mas para todos e qualquer um que goste de aventura e ação, pois é o que não falta.

Então é isso, pessoal.

E não deixem de falar o que acharam.

Beijos