Sete meses atrás, em uma noite chuvosa de março, os pais de Willow acabaram bebendo muito durante o jantar e pediram a ela que guiasse o carro até em casa. Por uma fatalidade, Willow perdeu o controle do veículo e seus pais morreram no acidente. Consumida pela culpa, Willow deixa para trás sua casa, amigos e escola e, enquanto tenta retomar a relação de afeto e companheirismo com o irmão mais velho, secretamente bloqueia a dor da perda cortando a si mesma. Mas quando Willow encontra Guy, um rapaz tão sensível e complexo quanto ela, mudanças intensas começam a acontecer, virando seu mundo de cabeça para baixo. Contado de modo cativante e doce, Willow é um romance inesquecível sobre a luta de uma jovem para lidar com a tragédia familiar e com o medo de se deixar viver uma linda história de amor e cumplicidade.
Título
Original:
Willow
Editora:
Leya Brasil
Ano:
2014
Categoria:
Drama, Romance
juvenil
Nota:
4/5
*
Livro cedido como cortesia pela editora Leya Brasil
Willow
é uma jovem de dezessete anos que vê sua vida destruída e
completamente modificada após a morte dos pais. Ela
teve que mudar de cidade, de escola, e ir viver na casa do irmão.
Essa é uma situação que já seria difícil o suficiente para
qualquer jovem, porém tem um sério agravante no caso de Willow: A
culpa! Pois era ela que estava dirigindo o caro, e foi a única
sobrevivente do terrível acidente que matou seus pais. A partir de então, a jovem
mergulha num mundo de culpa, que resulta numa prática nada saudável
de autoflagelação.
Além
de se responsabilizar pela morte dos pais, Willow ainda se culpa pelo
sofrimento do irmão, pelo distanciamento entre os dois, e pela
situação financeira em que se encontram, uma vez que Daniel é
recém-casado e tem uma filha bebê, e o seguro de vida dos pais
deles ainda não saiu.
O
início do livro é bem tenso. A navalha se tornou sua melhor amiga, e a dor, sua válvula de escape do desespero que tomou conta de sua vida. Nossa, vocês não tem ideia da agonia
que as cenas dela se cortando me deu.
A ferida feita pela lâmina mata o ruído. Apaga da memoria aqueles rostos encarando-a. Willow olha para seu braço, para a vida brotando de si.
Depois
de um tempo, Willow conhece Guy, um garoto da sua escola que é super sensível e perceptivo. E então as coisas começam a mudar. Guy
descobre o segredo de Willow, e começa a tentar ajudá-la. Ele é um
rapaz realmente encantador, sabe essas pessoas parecem ser
iluminadas, que fazem bem só com a sua presença? Em alguns momentos ele perdia a paciência e acabava
brigando com ela, mas a maioria das pessoas nem sequer teriam se
aproximado de Willow, caso soubesse como ela era. Fiquei realmente encantada por ele.
Ele não poderia ser tão atencioso, tão gentil, poderia? Afinal das contas ela não é nada mais que um fardo para ele, alguém em seu caminho, impedindo-o de ter um excelente semestre.
Em
vários momentos eu tive raiva de Daniel. O distanciamento entre ele
e a irmã foi um grande motivador do comportamento dela, pois
ela se convenceu que o irmão a odiava e a culpava por tudo. Eu
entendo que ele também estava sofrendo, e que, aos 27 anos, não
estava preparado para todas as responsabilidades que teve que
assumir, mas eu achei muitas de suas atitudes bem egoístas.
O
que eu mais gostei foi o quanto o livro é real. O autoflagelo é um
problema que existe, e pode ser facilmente desencadeado em uma pessoa
com tantos traumas e culpas como nossa protagonista. A diferença é
quem nem todos conseguem ter um Guy em suas vidas.
Willow
é um drama juvenil bem comovente. A narração é em terceira
pessoa, porém inteiramente realizada do ponto de vista da protagonista, o
que nos permite acompanhar todos os seus dramas e sofrimentos.
Algumas pessoas podem achar a personagem mimizenta e meio repetitiva
em suas lamúrias. Eu achei em alguns momentos, mas aí parei e me
coloquei no lugar dela, e vou te falar uma coisa, é uma barra pesada
a que ela enfrentou!
- Você não se permitirá sentir nada além de dor?
A
escrita da autora é ótima, e ela consegue prender a atenção do
leitor e nos fazer sentir, junto com a protagonista. Seja sentir seu
sofrimento, agonia, ou suas pequenas alegrias. Gostei do final, pois
não foi nada milagroso ou conto de fadas demais. Como eu
disse, a história é bem real, e o final também foi. Muitas coisas
não foram inteiramente resolvidas, porém não ficaram pontas soltas
ou um final aberto, porque todas as situações foram encerradas
deixando claro o caminho que as coisas tomariam, e como seriam
resolvidas ao longo do tempo. Entretanto, eu senti terrivelmente a
falta de um epílogo, que nos contasse o que aconteceu realmente, e se tudo correu conforme nos foi insinuado.
Eu
li o livro em ebook, então não posso falar muito da diagramação.
Mas a revisão da Leya está muito bem feita, sem erros, e gostei da
quebra de capítulos. A capa é muito bonita e chamativa, porém acho
que não combinou com a trama. Achei o olhar da menina meio macabro,
tanto que quando vi a capa pela primeira vez, pensei que o livro era
um triller, não um drama.
Recomendo
muito a leitura. É emocionante.
.
oi,
ResponderExcluirnão conhecia esse livro, mas gostei muito da resenta. Parece ser um livro bem forte, e acho que eu também ficaria agoniada com essas cenas, rs
beijos
Oi Bruna
ResponderExcluirAcabei de ler um livro que também fala da pessoa se cortar Meu Deus deve ser muito comum isso lá fora não ?
Mas enfim gosto de livros com dramas e problemas para superar espero gostar muito da leitura.
Beijos
www.livrosechocolatequente.com.br
Olá, vim conhecer esse livro numa tag aqui no blog e pelo pouco que li, já gostei. Agora, com essa resenha fiquei desesperada pra ler! E imagino o quão comovente deve ser esse livro, só pela sinopse já achei comovente. Entrou pra minha lista com certeza!
ResponderExcluirBeijos!
Não conhecia esse livro, mas gostei muito da resenha e me deu vontade de ler o livro. Vou adiciona-lo a minha lista de livros para ler!
ResponderExcluirFiquei sabendo desse livro naquela tag sobre culpa e me interessei na hora.Parece ser um drama bem desenvolvido e que te faz sentir as dores da personagem.Guy deve ser apaixonante e o irmão dela desprezavel.Quero muito ler.
ResponderExcluirParece realmente muito emocionante, Bruna. Deu para perceber pela história e por sua resenha. Imagine o trauma da garota ao acidentar os pais e acabar levando-os à morte. Não deve ser fácil
ResponderExcluirNossa que agonia que deve ter dado mesmo algumas partes. O livro deve ter sido tenso no começo.
ResponderExcluirJá tinha visto o livro, mas é a primeira resenha que vejo dele se não me engano.
Gostei Bru da resenha e leria o livro sim
livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br
Olá, Bruna.
ResponderExcluirEssa é a segunda resenha que leio de Willow.
Mas estou dando um tempo de dramas, li muitos seguidos e estou precisando de coisas mais animadas. o//
Mas parece ser uma estória muito bacana. Fico pensando que não conseguiria viver depois de saber que meus pais morreram em termos por minha culpa. A garota deve ser muito forte pra superar isso tudo. Quem sabe depois não animo a ler.
Visite: http://paradisebooksbr.blogspot.com.br/
Beijos.
Esse parece ser o tipo de livro da Dressa em Bru? rsrssr
ResponderExcluirEu gostei da capa! :)
Esses livros mas dramáticos nem sempre me dispertam interesse, eu gosto de ler pra me divertir, pra rir e não pra ficar triste e.e
Parece ser muito emocionante a história ,comovente,fofa e com partes fortes...Gostei da resenha,mais ñ sei se vou aguentar ler ñ kk
ResponderExcluirO livro parece ser bem tenso e culpa é algo cruel... vai te corroendo, te tomando aos poucos.
ResponderExcluirSem um belo drama não há história. Na vida real tbm é assim, há "draminhas' e 'dramões".
Nossa agora que quero ainda mais ler esse livro parece ser ótimo...
ResponderExcluirQuero lê-lo tipo agora?
*-*
Tramas em que as personagens trazem consigo o peso da culpa são sempre muito boas. Algumas pessoas conseguem suportar o fardo da culpa, mas algumas acabam se martirizando como a Willow. É até entendível, pois o que aconteceu com ela foi pesado demais. Tenho vontade de ler esse livro em breve.
ResponderExcluir@_Dom_Dom
Agora que você falou da capa que reparei, parece um triller mesmo! Autoflagelação é um mal meio que comum nos adolescentes se pararmos pra pensar, é uma coisa bem pesada. Eu mesma já tive um amiga que fazia isso e não é legal. Sorte da Willow que ela teve alguem tão sensível tentando ajuda-la.
ResponderExcluirEste livro fala de um problema que algumas pessoas tem, que é se cortar eu ja conehci uma...
ResponderExcluireu to bem curiosa pelo livro, e saber que o final foi muito bom, mas coerente so reforça minha vontade,
o menino do livro, parece ser um fofo,
beijos.