[Resenha] Sedução ao Amanhecer - Lisa Kleypas

O cigano Kev Merripen é apaixonado pela bela e bem-educada Win Hathaway desde que a família dela o salvou da morte e o acolheu, quando era apenas um menino. Com o tempo, Kev se tornou um homem forte e atraente, mas ainda se recusa a assumir seus sentimentos por medo de que sua origem obscura e seus instintos selvagens prejudiquem a delicada Win. Ela tem a saúde fragilizada desde que contraiu escarlatina, num surto que varreu a cidade. Sua única chance de recuperação é ir à Franca, para um tratamento com o famoso e bem-sucedido Dr. Harrow. Enquanto Win está fora, Kev se dedica a coordenar os trabalhos de reconstrução da propriedade da família, em Hampshire, transformando-se num respeitável administrador, mas também num homem ainda mais contido e severo. Anos depois, Win retorna, restabelecida, mais bonita do que nunca... e acompanhada por seu médico, um cavalheiro sedutor que demonstra um óbvio interesse por ela e desperta o ciúme arrebatado de Kev. Será que Win conseguirá enxergar por baixo da couraça de Kev o homem que um dia conheceu e tanto admirou? E será que o teimoso cigano terá coragem de confrontar um perigoso segredo do passado para não perder a mulher da sua vida?

Título original: Seduce Me at Sunrise
Série: Os Hathaways #02

Editora/Ano: Arqueiro/2013
Categoria: romance de época, romance
Nota: 4/5    
+ 16 anos (pelo menos, :) )
Skoob

Olá pessoal, tudo bem?

Hoje tem mais uma resenha de um romance de época fofo, da Arqueiro, como parte do nosso especial do mês (veja aqui). E o escolhido foi o fofo Sedução ao Amanhecer, segundo livro da série Os Hathaways, de Lisa Kleypas. Confiram a resenha do primeiro livro da série, Desejo a meia-noite, aqui.

Vamos lá?

Conforme apresentado no primeiro livro da série, os Hathaways formam uma família completamente atípica na nobreza inglesa. São plebeus que ascenderam à nobreza quando Leo, o irmão mais velho, recebeu um inesperado título de Visconde, que veio sem riqueza alguma. A família é formada pelos irmãos Leo, Amelia, Win, Poppy e Beatrix, e ainda tem o cigano Marripen, que foi criado junto a eles desde criança, e é uma espécie de irmão relutante, mas que ama e se preocupa com todos. O primeiro livro foi protagonizado por Amelia e o meio cigano Cam Rohan, e nesse segundo temos a história de Win e Marripen.

Win nos foi apresentada como uma jovem frágil e doente. Há alguns anos, ela foi vítima da escarlatina, uma febre muito forte e violenta, que por pouco não a mata. Porém, mesmo sobrevivendo, sua saúde ficou muito debilitada. Desde criança, Win nutre uma secreta paixão por Marripen, o jovem cigano criado por sua família. Seu sentimento é mais que correspondido, porém, Marripen teme qualquer relacionamento com Win, não apenas por sua fragilidade, mas também por se considera indigno dela. 

Eu a amo tanto que não há prazer nisso. Nada além de tormento. Porque se eu pudesse diluir o que sinto por você a uma milionésima parte, o resultado ainda seria suficiente para mata-la.

Pág. 130

Marripen é um jovem cigano que, ao ser abandonado para morrer por seu antigo clã, foi encontrado pelo Sr. Hathaway, o estudioso e erudito pai da família. Embora fosse considera um membro da família Hathaway, ele mantinha uma certa distância, e gostava de desempenhar algumas tarefas como um criado. Após a morte do patriarca da família e sua esposa, e a decaída de Leo para o álcool e libertinagem, ele assume ainda mais a posição de protetor, ajudando a mais velha das mulheres da família, Amelia. Marripen é um homem honrado, decente, mas que se enxerga como sendo um ser inferior, e não por ser cigano, embora ele despreze seus iguais e tudo ligado a cultura cigana. Ao longo desse livro, finalmente descobrimos o porquê disso, ao tomarmos conhecimento da sua sofrida e violenta infância, e a forma como foi criado.

Após o casamento de Amelia com o rico Cam Rohan, Win embarca para a França, para se tratar com o Dr. Harrow, um médico famoso por curar casos complicados, adotando métodos alternativos. Pouco mais de dois anos depois, ela retorna a Londres, com a saúde restabelecida, ainda apaixonada por Marripen, mas acompanhada do Dr. Harrow. Vamos apenas dizer que eu não gostei do doutorzinho hora nenhuma!

Precisava encontrar Marripen, é claro. Havia ido longe demais. Atravessara quilômetros de terra e mar e, pensando bem, subira o equivalente a mil degraus no ginásio da clínica, tudo para alcançá-lo. 

Pág. 64-65

Tudo isso que falei é apenas o início dessa história, e nada além do que já está na sinopse, rs, então se preparem para muito mais! 

Sedução ao amanhecer é uma história de almas gêmeas, do tipo predestinados mesmo. Marripen e Win formaram um casal lindo, apaixonante e com uma química incrível. Gostei muito dos dois juntos, embora ele tenha relutado e lutado exageradamente contra qualquer relacionamento com a jovem. Algumas atitudes de Marripen me irritaram um pouco, principalmente quando ele fugiu a uma responsabilidade, mas compreendo seu comportamento, e o medo que tem de si mesmo e sua capacidade de destruição, considerando seu passado sombrio junto aos ciganos. E Win se revelou uma mulher muito mais forte, corajosa e determinada do que todos poderiam imaginar. Adorei essa mulher de atitude!

Junto com o desvendar do passado de Marripen, também tivemos algumas revelações importantes, em relação a sua família de sangue. E para minha alegria, tivemos muitas cenas dos Hathaways! Amelia está de volta e presente, com toda sua personalidade forte e mandona. Cam é uma figura marcante e muito importante. E finalmente consegui visualizar um pouco do charme e carisma de Leo, o irmão mais velho das meninas. Ah, como eu amo essa família! Não vejo a hora ler os próximo livros.

O livro é narrado em terceira pessoa, e dividido em capítulos curtos e dinâmicos, que conferem fluidez a leitura. A autora escreve muito bem, e trama é uma delícia de acompanhar, com muito humor, romance, uma pitada de drama e bastante sensualidade. Apesar das cenas de sexo não serem explicitas ou vulgares, não é nada que eu considere adequado para os leitores mais jovens.

A diagramação da Arqueiro é simples e com capítulos iniciando no meio das folhas. Creio que isso seja uma medida de economia, que possibilita os livros serem tão acessíveis. Vi pouquíssimos erros de revisão e tradução, nada que tenha comprometido a leitura. O papel é amarelado e a letra de um tamanho agradável. E o que falar dessa capa, além de que ela é espetacularmente linda? Adoro as capas dessa série.

Recomendo muito o livro para os amantes de romances de época e de romances fofos em geral.

Beijos

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