[Resenha] O visconde que me amava - Julia Quinn

A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será
Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.
Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.
Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.
Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.
Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis

Título Original: The Viscount Who Loved Me

Série: Os Bridgerton #2

Editora/Ano: Arqueiro/2013

Categoria: romance de época

Nota: 5/5 + Favorito

+ 16 (pelo menos)

Skoob

Olá amores, tudo bem?

Hoje é a última sexta de março, e portanto, dia da última resenha do Especial Romances de Época da Arqueiro. No meu planejamento inicial (aqui), a resenha de hoje seria de um livro da Madeline Hunter, porém, ao reler O Duque e Eu (resenha aqui), não resisti e já embalei no segundo livro da série Os Bridegertons, O Visconde que me Amava. E é essa resenha que teremos hoje, vamos lá?

O Visconde que me Amava é o segundo livro da série Os Bridegertons, de Julia Quinn. Essa é uma série de época, ambientada na Inglaterra, séc. XIX, e tem a família Bridegerton como foco. Cada livro será protagonizado por um dos oito irmãos, que foram nomeados em ordem alfabética por seus pais: Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth. O primeiro livro, O duque e eu, foi protagonizado por Daphne, a mais velha das mulheres, e o segundo livro será por Anthony.

Quem era ele para duvidar da sabedoria de Edmund? Talvez ainda quisesse mais filhos na avançada idade de 38 anos.

Pág. 9

Aqui, acompanhamos a história de Anthony, o Visconde de Bridgerton. Ele é homem honrado e responsável, porém, também é um tremendo cabeça dura temperamental. Anthony tinha verdadeira adoração pelo pai, Edmund, a quem considerava o maior e mais incrível homem do mundo. Então, quando o visconde anterior falece repentinamente, aos 38 anos de idade, Anthony coloca na cabeça que nunca conseguiria superá-lo em nada, nem mesmo na idade.

Quando decide que chegou a hora de se casar e conceber um herdeiro para o título da família, ele faz uma lista das qualidades que sua futura esposa deve ter: ser razoavelmente atraente, não ser burra, e o mais importante, não pode ser alguém por quem ele e apaixonaria. E assim Anthony vai literalmente a caça, e coloca na cabeça que sua futura esposa será Edwina Sheffield, a linda e doce jovem que é considerada a joia da temporada. Só há um problema nessa história, e atente pelo nome de Kate, a irmã mais velha de Edwina. Kate já está quase 21 anos, e está em sua primeira temporada londrina, com a irmã de 17. Ela é uma mulher forte, determinada e pavio curto, mas adora a irmã e é super protetora. Por isso, ela não aceita que Anthony, que tem fama de ser o maior libertino de Londres, corteje sua irmã.

Assim começa uma relação de amor e ódio, que rende cenas divertidíssimas, porque Anthony e Kate no mesmo ambiente é loucura na certa e as farpas rolam soltas. Mas o que também rola solto são as faíscas, porque a atração entre esses dois é fortíssima e a química incrível. E isso tudo ainda é coroado com uma das cenas mais hilárias que eu já li, que envolveu um jardim e uma abelha! Muito bom mesmo!

- Ironia não lhe cai bem Srta. Sheffield.

- Nada lhe cai bem, Lorde Bridgerton.

                                                                         Pág. 63 

Eu adoro esse livro, já tinha me apaixonado com o jeito protetor do Anthony no primeiro livro. Apesar de ser um tremendo libertino (aaamo essa palavra, rs), ele é um homem super devoto a família. Porém, algumas de suas atitudes na primeira metade do livro me incomodaram muito, pois ele estava muito explosivo, e achei que até um tanto violento, em relação a Kate. Já Kate, me agradou bastante, e me identifiquei muito com a personagem, pois também sou a irmã mais velha, que está sempre cuidando dos caçulas. Ela é uma mulher forte, impulsiva e impetuosa. Porém, o fato de ter uma irmã mais nova que é uma verdadeira beldade, contribuiu e muito para que Kate tivesse uma auto estima baixa, e se subestimasse muito.

O visconde que me amava é um livro lindo e super divertido. A história é bem clichê previsível, porém é uma delícia de acompanhar. Literalmente devorei o livro! Julia Quinn tem uma escrita deliciosa, que mistura humor, drama e sensualidade na medida certa. Como já disse na resenha do livro anterior, não há cenas vulgares ou muito explicitas, mas as cenas sensuais presentes no livro não são recomendáveis para leitores mais jovens. Eu chutaria uma classificação de 16 anos, pelo menos.

A Arqueiro segue com o padrão de diagramação mais simples, porém muito bem feito. O papel é amarelado, a letra de um tamanho agradável e vi pouquíssimos erros de revisão. Sobre a capa nem tenho o que falar. Eu amo todas as capas dessa série, acho que elas passam bem a magia da época retratada no livro.

Recomendo demais esse livro, principalmente para os amantes de romances de época.

Beijos

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