[Resenha] Seraphina - Rachel Hartman

Neste livro você vai conhecer Seraphina Dombergh, uma garota de 16 anos com grande talento para a música e que possui um terrível segredo. A história se passa no reino medieval de Goredd, onde seres humanos e dragões convivem em harmonia durante décadas, desde a assinatura do Tratado de Paz. Criaturas extremamente inteligentes que podem assumir a forma humana, os dragões frequentam a corte como embaixadores. Seraphina se torna assistente do compositor da corte justo quando um membro da família real é assassinado bem ao estilo dos dragões. O clima começa a ficar perigosamente tenso e Seraphina passa a colaborar com as investigações, ao lado do capitão da Guarda da Rainha, o Príncipe Lucian Kiggs. Durante essa jornada que pode destruir a paz entre humanos e dragões, a fachada cuidadosamente construída por Seraphina começa a desmoronar, tornando cada vez mais difícil manter seu segredo, cuja revelação seria catastrófica em sua vida.

Título original: Seraphina 

Série: Seraphina #01 

Editora/Ano: Jangada/2013 

Categoria: Fantasia, Dragão 

Skoob

* Livro cedido em parceria pela Editora Jangada.

Hello pessoal, tudo bem?

Antes de mais nada, feliz ano novo! \o/

Estou sentindo que 2016 vai ser tudo de bom e espero que tenhamos ótimas leituras.

Primeira resenha do ano, quanta responsabilidade! Vamos lá gente!

A Jangada nos enviou um livro que eu estava interessada desde que li a sinopse, uma história cheia de aventuras e com dragões, seres poderosos nesse mundo de fantasia épica. E com o lançamento do segundo livro, Sangue de Dragão, a editora resolveu dar um upgrade nas capas e ficaram perfeitas!

No meio é a capa antiga do primeiro livro.

Primeiro livro da série de Rachel Hartman, que nos apresenta a vida de Seraphina, protagonista que dá título ao livro e que se passa no reino medieval chamado Goredd. Lugar onde vivem humanos e dragões e que aceitam ter uma relação pacífica por meio do Tratado de Comonot assinado há 40 anos atrás, que assegura a paz entre as espécies.  Os dragões são descritos tal qual como conhecemos, seres mitológicos que voam e cospem fogo, mas aqui tem uma diferença, eles conseguem se transformar para a forma humana.

A história inicia com o velório do príncipe Rufus, que teve sua cabeça decapitada bem ao estilo dos dragões, arrancada com os dentes. A tensão é grande no reino após esse crime e o Tratado está perto do seu vencimento, precisando ser renovado para que a paz seja mantida.

Seraphina Dombergh é uma garota de 16 anos, que guarda um segredo sombrio, ela é fruto da relação ilegal entre um humano e um dragão, seu braço esquerdo e abdômen possuem escamas prateadas, que ela esconde com várias camadas de roupas e tem um talento não-humano para a música. Com sua inteligência e senso de humor ácido e feroz, chama atenção do capitão da Guarda da Rainha, o sagaz e encantador Príncipe Lucian Kiggs e os dois começam a investigar o assassinato e também uma possível conspiração contra o Tratado de Comonot.

Talvez por ser o primeiro livro da série, no início eu achei a narrativa muito lenta, explicando e descrevendo demasiadamente os cenários e os personagens. São praticamente 200 páginas para explicar quem é Seraphina e seu segredo, como é seu cotidiano e as pessoas que passaram em sua vida, achei totalmente desnecessário e cansativo esse detalhamento exaustivo. Entretanto, na segunda metade percebemos uma mudança grande e o livro consegue tem mais ação e a história começa a ter um ritmo mais agitado, em que a trama começa a ser delimitada e consegue envolver o leitor.

Em meio a tensão entre as espécies e as investigações do assassinato, encontramos um romance no livro, que infelizmente não me convenceu, a relação de Seraphina com o Príncipe Lucian foi mal desenvolvida ao longo do livro e parece que no final a autora resolveu dar um foco nisso, e me deixou com a sensação que foi forçada. Acho que no segundo livro podemos ter uma melhora no romance.

Gostei de como os personagens foram construídos e até mesmo os coadjuvantes têm a sua importância. O livro é narrado em primeira pessoa pela Seraphina, que apesar de ter 16 anos, se mostrou muito madura em vários momentos. Como eu disse no início, a capa está maravilhosa depois da sua reformulação, o livro conta com páginas amarelas e uma fonte confortável para a leitura.

Considero que o universo criado pela autora realmente diferenciado de outros livros de fantasia épica que já li, mas com a demora em desenvolver a trama principal e com o romance fraco, não consegui me afeiçoar completamente. Apesar disso, o final foi bom e satisfatório e me deixou curiosa com o próximo livro, que ainda bem já foi publicado pela editora.

A obra de Rachel Hartman foi sucesso imediato nos Estados Unidos na quando publicado em 2012, o livro ocupou a lista dos mais vendidos do jornal The New York Times e foi premiado recentemente com o Morris Award, prêmio que homenageia livros de estreia voltados para o público jovem adulto.

Bom, espero que possa conhecer o livro e me diga o que achou também.

Beijos.