[Resenha] A Protegida - Lisa Kleypas


Uma escolha pode conduzi-la à felicidade... Ou partir irremediavelmente seu coração.
Liberty Jones é uma garota determinada, mas em sua vida pobre e difícil não há espaço para que ela consiga vislumbrar seus sonhos sendo realizados. Seu único consolo é a amizade e o amor que nutre por Hardy Cates, um jovem que possui ambições grandiosas demais para ficarem enterradas na pequena cidade de Welcome. Apesar da atração irresistível que pulsa entre os dois, tudo o que Hardy não precisa é de alguém para atrapalhar seus planos de sucesso, e ele a abandona no momento mais difícil de sua vida: quando a mãe de Liberty morre tragicamente em um acidente; deixando um bebê para ela criar. Mas a vida traz grandes surpresas e Liberty se vê sob a tutela de um magnata bilionário, que irá oferecer muito mais do que proteção à irmã e a ela, mas também revelará uma forte ligação com o passado obscuro da família de Liberty. O que Liberty não espera é ter de lidar com Gage Travis, o filho mais velho do magnata; o rapaz não aprova a presença dela em sua casa e fará de tudo para afastá-la de sua família... Gage apenas esquece de também mantê-la longe de seu coração.
Às vezes a vida tem um senso de humor cruel, entregando-lhe aquilo que você sempre quis no pior momento possível...

Título original: Sugar daddy
Série: The Travis Family # 1
Editora/Ano: Gutenberg/2015
Páginas: 288
Categoria: Romance contemporâneo, drama

* Livro cedido em cortesia pela Editora Gutenberg.


Olá pessoal, tudo bem?

A Protegida foi o primeiro romance contemporâneo escrito por Lisa Kleypas, conhecida autora de romances de época. Publicado originalmente em 2007, o livro, que é o primeiro da série The Travis Family, chega agora ao Brasil, pela Editora Gutenberg.

O livro narra a história de vida da jovem Liberty Jones, dos 14 aos 24 anos. Filha de uma americana com um imigrante mexicano, a menina herdou a aparência latina do pai, o que a torna vítima de preconceitos, em muitos momentos. Liberty cresceu sem o pai, que faleceu quando ela ainda era muito pequena, e sempre viu a mãe trocando de namorado, sem nunca se apaixonar novamente.

Quando estava com 14 anos, Liberty se mudou para a pequena cidade de Welcome, no Texas, onde passou a viver em um trailer com sua mãe e namorado. Lá ela logo se encanta por Hardy, um garoto mais velho, de uma família muito humilde, que deixa a cidade, alguns anos depois, em busca de suas ambições. Quando sua mãe engravida novamente, Liberty se apaixona de cara pela novidade, e a pequena Carrington vem para suprir o buraco que nossa protagonista sentia em sua vida, e a necessidade de uma família real e concreta, e ela se apega a irmã e assume seus cuidados muito mais do que a mãe.

Fui tomada por um sentimento de posse. Eu sentia como se ela fosse a minha bebê, parte do meu corpo, amarrada à minha alma. Exaltada e à beira das lágrimas, virei para o lado e sussurrei para ela.
"Você é o amor da minha vida, Carrington. O amor da minha vida."
pág. 62

Essa responsabilidade se torna total, quanto aos 18 anos de idade, Liberty se torna a guardiã legal da irmã, após a morte da mãe. Ela então tem que crescer ainda mais rápido, começar a trabalhar e fazer vários sacrifícios em nome de sua pequena e amada família.

Após muita luta e restrições para conseguir fazer um curso de estética e conseguir um emprego em um excelente salão em Huston, Liberty conhecem o milionário Churchill Travis, um senhor de idade que se encanta pela jovem, mas não de forma romântica ou sexual. Os dois logo iniciam uma amizade recheada de sentimento paternal, que não é bem vista por muitas pessoas, incluindo Gage, o filho mais velho de Churchill, que acredita que Liberty seja uma golpista. A partir de então, a história tomo novo rumo e fôlego, que conduzem a algumas revelações envolvendo o passado da mãe de Liberty e reviravoltas em sua vida pessoal.

Narrado em primeira pessoa, por Liberty, o livro é um drama familiar, e já aviso para os fãs de romances, que esse não é o foco de A protegida. Há romance, e inclusive um breve triângulo amoroso (que rendeu algumas cenas nas quais Liberty me irritou profundamente), mas o verdadeiro foco da trama é o amadurecimento precoce da garota quando se vê responsável por uma criança, sendo ela mesma pouco mais do que isso.

Liberty é uma protagonista forte e corajosa, que não se dobra diante dos desafios, nem procura a saída mais fácil. Não foi atoa que acabou criando Carrington para ser uma criança fofa e encantadora. E acho que a autora soube conduzir bem o envelhecimento das duas, e retratá-las de acordo com a idade e momento de vida em cada passagem da história. Hardy e Gage aparecem na vida de Liberty em momentos distintos e arrancam dela fortes sentimentos. Admito que meu coração bateu mais forte por Gage, embora eu tenha entendido a postura de Hardy de se afastar para lutar por suas ambições, quando mais novo. O que o futuro reserva em relação a esses três? Isso eu não conto, e vocês terão que ler para saber. E os personagens secundários entraram para complementar, e não roubaram cena, embora eu tenha me encantado por Churchill.

Quando você crescer, quero que seja independente, porque a maioria das mulheres não é, e isso as coloca à mercê dos outros.
pág. 29

O livro é bonito, mas achei a autora muito detalhista em vários momentos, o que tornou algumas partes bem arrastadas. Foi praticamente metade do livro mostrando a evolução da vida de Liberty até finalmente os Travis aparecerem. E esse é o primeiro livro da série Família Travis, lembrem-se disso. Sinto que muitos dos acontecimentos iniciais poderiam ser enxugados e a passagem de tempo, mais rápida. Porém, o amor que nossa protagonista nutre pela irmã é lindo, e tudo que ela sacrifica e anula em sua vida pela pequena foi mesmo inspirador. Acho que a relação entre Liberty e Carrington é, sem dúvida, o maior ponto forte da trama.

Outro ponto forte da trama foi mostrar o preconceito que Liberty sofreu por suas origens latinas. O livro inicia na década de 1990, e se passa no Texas, que é o estado americano mais próximo do México, ou seja, um local e época em que o preconceito racial era ainda mais forte do que hoje.

A diagramação bem feita, com folhas amareladas e letra de tamanho confortável para leitura. Os parágrafos são de tamanho médio, e há pequenos desenhos de malinhas fazendo quebras de parágrafos. A tradução e revisão estão ótimas, tendo eu visto apenas dois erros de digitação, bem simples e que não comprometem a leitura. A capa é bonita e reflete bem a trama, assim como o título.

A protegida é uma leitura gostosa e agradável, ideal para quem curte um bom drama familiar.

Beijos.

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21 comentários

  1. Nunca li nada dela assim, mais atual. Mas os que li foram tão bons que qualquer outro da autora já é um desejo de leitura pra mim. Mesmo que tenha lá uns defeitinhos, essa coisa de leitura arrastada e tal, acho que é uma boa história. Fiquei interessada nesse, parece valer a pena e ela prova mais uma vez que sabe envolver o leitor do inicio ao fim com uma trama gostosa de ler. Quero conferir =D

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  2. Oiii Bruna, tudo bem?
    Eu nunca tive oportunidade de ler nenhum destes livros, mas me lembrou aquelas histórias de fazendo sabe? Cheia de emoções que você fica se lamentando (olha a imaginação hahaha) e se apaixonando cada vez mais. Eu me agradei muito da sua resenha e fico feliz que a leitura seja dessa maneira.
    Beijão

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  3. Olá Bruna.
    Eu já li alguns romances de época da autora, mas ainda não tive oportunidade de ler nada mais atual dela. A história de Liberty me interessou muito e vou colocar na minha lista de desejados. ^^

    Beijos
    http://aventurandosenoslivros.blogspot.com.br/

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  4. Confesso que não conhecia a autora ainda, pois não curto muito o gênero romântico, mas fiquei bem curiosa com essa história, principalmente com o fato de o romance não ser o foco da trama, o que eu acho mega válido, visto que alguma coisa deve vir além disso. Achei comovente a relação entre a mocinha e sua irmã, e acho que isso renderia boas lágrimas!

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  5. Acho que nunca li um livro mais voltado para a família. Fiquei curiosa para conhecer o passado da mãe dela, parece ser interessante. O relacionamento da protagonista com a irmã parece ser muito bonito.

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  6. Esse livro parece ser muito bonito, gostei do foco na relação das irmãs. E fiquei curiosa para saber com quem ela fica
    abraços

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  7. Oiiee, tudo bom?
    Amei a sua resenha, a trama do livro parece ser linda, imagino a responsabilidade que nossa protagonista teve ao ficar com a guarda da irmã mais nova, sendo ela mesmo muito nova para isso, irei dar uma chance ao livro.
    Beijos *-*

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  8. Adoro um bom drama. Só não gostei muito do breve triangulo amoroso, se a Liberty te irritou, imagina como vou ficar rs. Mas é bom que ela é uma personagem forte, acho que a historia nos leva a analisar a vida familiar e o amor entre as irmãs.

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  9. Não achei a capa bonita, e isso é um milagre vindo da Gutenberg, porque amo as capas da editora! Como sou fã de drama, gostei bastante da resenha, adoro personagens fortes e determinados, me fazem pensar sobre superação e o quanto nossos problemas serão pequenos se tivermos determinação. O relacionamento das duas irmãs parece ser maravilhoso! Beijos ♥

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  10. Olá, tudo bem?

    Eu adoro drama. E quando ele é envolvente e traz temas comoventes e bem conduzidos, me conquista mais ainda. Não conhecia a autora, a premissa e capa não me conquistaram de cara, mas depois de conclui a resenha acho que leria sim, por um drama familiar, pois sempre tiramos alguma lição quando é bem escrito.

    beijos
    http://chalecult.blogspot.com.br/

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  11. Olá, eu já li uma série de romances de época da autora e estava bem curiosa para saber sobre esse livro novo dela. Gostei muito da sua resenha e já quero ler "A protegida", gosto bastante de história que falem sobre amor de irmãos.

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  12. Nunca tinha ouvido falar desse livro e me empolguei em ver esse outro lado da autora de romances de época, mesmo sabendo que a leitura fica arrastada em alguns momentos. Gosto de drama e não tenho problema em o romance não ser o grande foco, então acho que me agradaria bastante.

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  13. Oi!
    Li esse livro e gostei muito, foi uma historia que me conquistando mas queria mais cenas de Liberty com os Traves pois achei essa parte muito pequena e achei linda essa relação de irmãs que a autora explora !!

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  14. Ainda não me animei para ler esse drama familiar atual da Lisa Kleypas. Ela faz um trabalho maravilhoso nos romances de época, tenho medo de não gostar de A Protegida e isso influenciar na minha opinião sobre a autora.
    Mas enfim gostei de saber sua opinião e você soube destacar o que realmente importa numa resenha. Fiquei com o coração na mão por toda trajetória de sofrimento e dificuldades da protagonista, tudo para consegui viver com sua irmãzinha (sua família). Na torcida para elas serem felizes.
    Espero que as dificuldades e os preconceitos tenham deixado elas mais fortes e com um caráter inabalável.
    Valeu pela dica. Beijos

    Leituras, vida e paixões!!!

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  15. Olá! Eu conheço a autora apenas por seus romances de época, mas nunca cheguei a lê-los. Fiquei bastante curiosa e empolgada para ler A Protegida, pois o fato de a personagem ter sido forçada a crescer antes da hora é um assunto bem impactante. O tema preconceito também parece ter sido muito bem trabalhado na obra. Fiquei com um pé atrás apenas por conta do triângulo amoroso e do início arrastado. Mas de qualquer forma darei uma chance ao enredo quando a oportunidade surgir. Adorei a indicação. *-*

    Beijos,
    Fernanda F. Goulart,
    Império Imaginário.

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  16. Oi, tudo bem?

    Não sei se a temática me agrada muito. Gosto de drama familiar, mas acho que eu não aprovaria essa transição da moça de irmã para "mãe". Como não pretendo ter filhos, passo um pouco longe desse tipo de tema, porque não consigo entender as garotas/mulheres que têm esse desejo de maternidade. Mas acho que o livro se vale pelo crescimento da personagem, que deve ser mais rico nesse ponto. Fiquei interessada no passado das meninas hehe.

    Love, Nina.
    http://ninaeuma.blogspot.com/

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  17. "para quem curte um bom drama familiar" EU! hahha.
    Adorei sua resenha e os pontos que ressaltou sobre a trama. Me pareceu um romance com uma pegada dramática muito interessante, principalmente por conta da evolução da personagem. Achei a capa muito bonita!
    Beijos

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  18. Oi Bruna!
    Adorei a sua resenha e acho que darei uma chance ao livro! Adoro um bom drama familiar, ainda mais envolvendo uma impensável amizade entre 2 pessoas com tanta diferença de idade, como parece ser esse livro. Também achei lindo, pelo que você contou, o amor das irmãs.
    Estou curiosa para ler.
    Beijos!

    Karla Samira
    http://pacoteliterario.blogspot.com.br/

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  19. Olá Bru, esse livro está na minha lista de desejados quero muito ler essa nova história de Lisa e saber a diferença dos romances de época que já li! Só a capa que não simpatizei.! Bjkas

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  20. Oi Bru, tudo bom?
    Nossa, não sabia que esse livro era contemporâneo, mas já tinha visto a capa. Achei a história interessante e a protagonista parece ser bem forte e determinada. Uma pena que a autora tenha focado demais nos detalhes iniciais da personagem, mas parece ser um livro interessante. Primeira resenha que leio dele.
    Beijos,
    http://livrosyviagens.blogspot.com.br/

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  21. Olá

    Gostei da premissa do livro, vai ser legal ver essa faceta da autora já que estamos acostumados a só ver ela nos romances de época, adoro livros com dramas familiares em que vermos o madurecimento dos personagens mesmo a leitura se tonando arrastada ás vezes.

    Bjss

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