[Resenha] A Caminho do Altar - Julia Quinn


Ao contrário da maioria de seus amigos, Gregory Bridgerton sempre acreditou no amor. Não podia ser diferente: seus pais se adoravam e seus sete irmãos se casaram apaixonados. Por isso, o jovem tem certeza de que também encontrará a mulher que foi feita para ele e que a reconhecerá assim que a vir. E é exatamente isso que acontece.
O problema é que Hermione Watson está encantada por outro homem e não lhe dá a menor atenção. Para sorte de Gregory, porém, Lucinda Abernathy considera o pretendente da melhor amiga um péssimo partido e se oferece para ajudar o romântico Bridgerton a conquistá-la.
Mas tudo começa a mudar quando quem se apaixona por ele é Lucy, que já foi prometida pelo tio a um homem que mal conhece. Agora, será que Gregory perceberá a tempo que ela, com seu humor inteligente e seu sorriso luminoso, é a mulher ideal para ele?
A caminho do altar, oitavo livro da série Os Bridgertons, é uma história sobre encontros, desencontros e esperança no amor. De forma leve e revigorante, Julia Quinn nos mostra que tudo o que imaginamos sobre paixão à primeira vista é verdade – só precisamos saber onde buscá-la.

Título original: On the Way to the Wedding
Série: Os Bridgertons # 8
Editora/Ano: Arqueiro/2016
Categoria: romance de época

* Livro cedido pela editora Arqueiro para resenha

A resenha de hoje é de mais um romance de época da Diva Julia Quinn, uma das minhas autoras favoritas do gênero. A caminho do altar é o 8º e último livro da série Os Bridgertons. Para quem se pergunta se “Felizes para sempre” não seria o último, eu digo que sim, mas "Felizes para sempre" é um bônus, composto por segundos epílogos da série, então Á caminho do altar é oficialmente o último romance da série. Nela, cada livro retrata a vida de um dos 8 irmãos Bridgertons, e como já é comum, não traz spoilers dos livros anteriores, e conta com seu próprio e lindo final. E vejam no final dessa resenha, os títulos da série e resenhas.


Vamos lá?

Gregory Bridgerton é o segundo filho mais novo da família, o mais novo entre os homens, e o único solteiro. Cercado por irmãos casados, muito bem casados, e apaixonados, e tendo crescido ouvindo sobre como o relacionamento dos pais foi uma grande história de amor, não é de se admirar que ele realmente acredite no amor e o deseje. Diferente de muitos homens da época. Gregory deseja tanto se apaixonar e ter seu 'felizes para sempre', que criou toda uma ideia romântica em sua mente, e acredita ter encontrado o grande, verdadeiro e profundo amor de sua vida ao conhecer a beldade da temporada, Hermione Watson (mais alguém sentiu uma homenagem a Harry Potter aqui?).

O problema de Gregory começa quando Hermione não dá bola para ele. Alias, para ninguém. Ela já está apaixonada, por um homem de classe social inferior, e não pretende dar brecha para mais ninguém. Completamente do lado oposto do romantismo exagerado que caracteriza esses dois personagens, temos a prática e objetiva Lady Lucinda Abernathy, melhor amiga de Hermione, e que considera que Gregory seria um bom partido para a amiga, uma vez que sabe que os pais da moça já mais permitiram que ela se case com alguém fora da nobreza. E é quando Lucy decide a ajudar Gregory a se aproximar de Hermione que eles começam a perceber que o 'amor a primeira vista' nem sempre é amor mesmo, e que o real sentimento nasce lentamente (e não do nada e fulminante, como nosso mocinho esperava) e sem respeitar a lógica ou praticidade (como Lucy imaginava).

Que confusão. Hermione estava apaixonada pelo Sr. Edmonds, o Sr. Bridgerton estava apaixonado por Hermione e Lucy não estava apaixonada pelo Sr. Bridgerton.
pág. 75

Apesar de narrado em terceira pessoa, o livro conduz a história sempre mantendo o ponto de vista de Gregory ou Lucy, e é muito gostoso acompanhar o nascimento e crescimento dos sentimentos entre eles. Até porque, eles mesmo demoram a se dar conta, afinal, Gergory se julga apaixonado por Hermione, e Lucy está praticamente noiva de um nobre desconhecido.

Lucy foi uma personagem que me encantou desde o início. Ela é extremamente prática e conformada com sua condição e com o que a vida (e o tio cretino) esperam dela. Por isso, foi um tremendo choque se ver dominada por sentimentos tão fortes e passionais. De uma forma geral, ela me lembrou muito a Kate, protagonista do segundo livro da série, e uma das minhas mocinhas favoritas. Porém, Gregory não me conquistou como seus irmãos mais velhos. Na verdade, ele me irritou em alguns momentos. Ele viaja demais na batatinha romântica, é muito lento em se dar conta do que realmente quer e em lutar por isso. Até sua mãe, a super e incrível Violet Bridgerton, chama sua atenção por ser acomodado, uma vez que se acostumou a ter tudo de mão beijada e nunca precisou lutar por nada.

Era hora de parar de esperar, hora de esquecer o destino. Era o momento de agir. De se esforçar. Muito.
pág. 240

Os romances de época são bem previsíveis, em geral, até porque, e não é spoiler dizer, o final feliz é algo garantido no gênero. É fácil saber o final do livro já nas primeiras páginas. Porém, o gostoso é ver como chegamos lá, e A caminho do altar realmente me fez enlouquecer nesse caminho até o final. Tem algumas reviravoltas muito loucas! Sério, acontece coisas que vocês nem imaginam! Eu fiquei de queixo caído em alguns momentos, louca para saber como as coisas iriam se resolver!

A caminho do altar é um livro super gostoso e rápido de ler, bem ao estilo de Julia Quinn. O livro não entra para os meus favoritos da série, porém, é muito bom mesmo (Julia não escreve coisas ruins, apenas tem momentos de não escrever algo tão perfeito como meus favoritos). A diagramação é simples, mas bem feita, com páginas amarelas, letra de tamanho confortável, e uma capa é maravilhosa!

Criaturas misteriosas, as mulheres. Se elas ao menos aprendessem a dizer o que pensam, o mundo seria um lugar muito mais simples.
pág. 21

Recomendo demais! Demais a série! E não vejo a hora de ler 'Felizes para sempre', composto de segundos epílogos dos livros da série, e que ainda traz um conto sobre a história dos patriarcas da família Bridgerton, Violet e Edmond.

9 comentários

  1. Olá!
    Nunca li nenhum romance de época, mas tenho muita curiosidade de ler os livros da Julia Quinn. Sempre vejo elogios sobre essa série (e nossa, são oito livros! Achei que fossem menos!) e sua resenha foi mais uma que contribuiu para aumentar minha vontade. Espero ter a oportunidade de ler algum dia e me maravilhar como você. ^^ Ah, também percebi a referência a HP assim que li o nome da personagem Hermione. hahaha
    Beijos!

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  2. A Narrativa da Julia Quinn é sempre gostosa demais.
    A capa do livro tá linda e acho que o relacionamento entre Gregory e a Lucy acontece assim naturalmente.
    Tô bem ansiosa para ler este livro ♥
    Beijinhos, Helana ♥
    In The Sky, Blog / Facebook In The Sky

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  3. Eu acho de uma criatividade imensa esse molde que os autores usam para escrever romances de época narrando a vida de irmãs e coisas do gênero. Acho muito incrível que, mesmo que cada um geralmente ganhe um livro, as histórias se entrelaçam em tramas maiores e tudo mais. Todavia, o gênero não me é muito interessante, o que é uma pena. Curti muito a resenha, mesmo que a história não me interesse tanto, tu me deixou intrigado a dar uma chance para algum livro do tipo, haha. Abraços.

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  4. Bruna, só li o primeiro da série, mas já achei apaixonante e quero muito ler todos.
    Amo romances de época e é impossível não se deixar levar apesar de sabermos o que acontecerá.

    Lisossomos

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  5. eu não consigo gostar de romances de época e uma das causas são os previsíveis finais felizes. Por mais que a estrada pra chegar lá seja diferente de uma obra pra outra, ainda fica a sensação de leitura 'mais do mesmo'... se a leitura não tem nada a me acrescentar, prefiro evitá-la...
    bj...

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  6. Oii Bruna, como vai?
    Infelizmente não consigo me agradar de obras que sejam de romances de época, por mais que eu tenha tentado, não consigo. Parabéns pela resenha, dica anotada.
    Beijinhos

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  7. Oi, ainda não li nada dessa autora, mas sei que essa série é bem famosa e a autora também, e me pergunto quando é que vou começar a ler, pois todo mundo elogia seus livros e personagens. Vou criar vergonha na cara, e começar a ler logo essa série.
    bjus

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  8. Oi Bruna, concordo plenamente contigo, realmente os romances de época, e porquê não dizer, em geral (?) são bem previsíveis, mas os caminhos até estes finais felizes é que nos conquistam. Também surtei em vários pedaços, e que início foi aquele? Eu já queria correr para o final, e o pior foi quando chegou na cena e veio aquela resposta... SUUUUURTEI!!!!
    Bjs, Rose.

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  9. Eu sou "afinzona" em conhecer a série, ainda não li nenhum e não me pergunte por que, mas quero muito e casa resenha que leio e conheço, mais vontade dá, não foi diferente contigo.

    Ainda estarei dando meu parecer sobre a série.

    Beijos

    Viviana

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