Olá, voltamos hoje com a coluna Uma Questão de Gêneros, trazendo uma breve
apresentação do gênero Sick Lit.
Sick
Lit
É um gênero novo (ao menos o nome é), com uma nomenclatura nada
lisonjeira: Sick significa 'Doente', e portanto Sick Lit pode ser
traduzido como Literatura enferma ou doentia.
Essa é a nova vertente de livros juvenis que
aparecem depois de um longo tempo de predomínio de tramas protagonizadas
especialmente por seres sobrenaturais, como vampiros, hobbits, lobos, anjos,
bruxos, fadas, mas também princesas e investigadores sedutores. Assim, os Sick
lit's abordam temas mais reais, geralmente envolvendo problemas de saúde,
psicológicos e de relacionamento:
"Cabem
neste segmento enredos protagonizados por criaturas mergulhadas em enfermidades
sérias, jovens depressivos, anoréxicos, pelos que já cederam à tentação do
suicídio, ou por qualquer outro distúrbio que atinja crianças e adolescentes
(...) Nesta etapa existencial conhecida como adolescência, garotos e garotas
passam por sofrimentos muitas vezes difíceis de suportar. Com histórias como
estas, eles podem ter uma ideia de como outros jovens agem quando atravessam
contextos semelhantes ou até mesmo testemunhar dores mais atrozes que as
suas."
O gênero ganhou nome e força recentemente,
quando sobrenaturais, como Crepúsculo, deixaram de encabeçar as listas
dos mais vendidos da Inglaterra e EUA, para dar espaço para livros como A
culpa é das estrelas, de John Green, que conta a história de uma jovem
em estágio avançado de câncer, e As vantagens de ser invisível, de
Stephen Chbosky, que fala sobre depressão adolescente e suicídio.
O nome dado ao gênero é considerado muito
preconceituoso e é rejeitado por muitos leitores, que consideram os livros
grandes lições de vida, ao abordarem de forma clara e muitas vezes bem
humoradas, problemas como doenças, depressão e bullying.
Livros abordando doenças e problemas não são
novidades, sendo o diferencial a escala comercial global que tais obras
atingiram recentemente, e a criação da nomenclatura 'Sick lit'. E alguns críticos
se preocupam com as influências que tais livros possam ter sobre os jovens,
principalmente aqueles mais influenciáveis ou que tenham tendências
depressivas.
Algumas das principais obras do gênero já
ganharam adaptação cinematográfica, como As vantagens de ser invisível
e Um Amor para recordar (Nicolas Sparks), ou estão em fase de
produção ou gravação, como é caso de Extraordinário (R.J.
Palacio) e A culpa é das estrelas.
Confira abaixo trechos marcantes de alguns
livros (retirados da Veja)
A Culpa É das Estrelas, de John Green
"Não sou formada em matemática, mas sei de
uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o
0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda
maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores
que outros… Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu
conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter."
Extraordinário, de R.J. Palacio
“Sei que não sou um garoto de dez anos comum.
Quer dizer, é claro que faço coisas comuns. Tomo sorvete. Ando de bicicleta.
Jogo bola. Tenho um Xbox. Essas coisas me fazem ser comum. Por dentro. Mas sei
que as crianças comuns não fazem outras crianças comuns saírem correndo e
gritando do parquinho.”
Um Amor para Recordar, de Nicholas Sparks
-
“Você
não pode se apaixonar por mim, Landon – disse, com olhos vermelhos e inchados.
-- Podemos ser amigos, podemos sair... mas você não pode me amar. –
-
Por
que não? – gritei, rouco, sem entender.
-
Porque estou muito doente. Estou morrendo,
Landon.”
Bom, por hoje é só. E espero que tenham gostado.
Beijos
Fontes:
Nicholas Sparks é considerado sick-lit? Acho que, até agora, só li livros dele desse gênero! Agora minha coleção John Green e As Vantagens de Ser Invisível chegaram! Estou louca para ler!
ResponderExcluirBeijos,
Own Mine
oi, nos sites que eu li, colocaram Um amor para recordar como sick lit, então não sei se é sé ele ou outros livros do Nicholas, rs
Excluirbjus
Deve ser mesmo! A maior parte do livros dele alguém acaba com câncer, alzeimer (não sei escrever), tem autismo... Não sei se é porque no "Amor para Recordar" o fato dela ter câncer tem mais importância do que nos outros livros dele, mas faz bastante sentido o Nicholas Sparks entrar nessa lista! hahah
ExcluirBeijos!
Amo um amor para recordar e estou louca para ler a culpa é das estrelas..
ResponderExcluirNão sabia sobre esse gênero.
Adorei o blog e as informações..
seguindo aqui, te espero no meu
http://pamlepletier.blogspot.com.br/
obrigada Pâmela, e bem vinda
Excluirbjus
na verdade esse gênero sempre existiu e só agora ganhou nome. o problema é que prwecisamos ler com uma caixa gigantesca de lenços pra que possamos enxugar as lágrimas.
ResponderExcluireu amo extraordinário!!!!! Chorei demais!!
Um amor para recordar eu vi o filme e, sinceramente, considero uma cópia de Love Story.
eu também amo Extraordinário! Ainda não li A culpa, mas pretendo ler em breve!!
Excluirbjus
Oi Bru! ^^
ResponderExcluirBom, nem de longe é meu gênero favorito. Tanto que nunca li nenhum livro do gênero. Gosto de ler livros para me distrair e me sentir feliz. Prefiro às fantasias às realidades. A vida já tem drama demais para eu procurar isso nos livros. Talvez um dia eu leia algum desses livros, mas acho difícil. Fujo de tudo que pode me levar às lágrimas (mesmo que algumas fantasias às vezes nos levem).
Adoro essa sua coluna! Hoje existem tantos gêneros que me perco.
Beijusss;
http://hipercriativa.blogspot.com.br/
obrigada Helaina!
Excluireu gosto do gênero, mas tenho que estar no clima para ler, porque são tristes demais
bjus
Super feliz com a volta da coluna! bjs
ResponderExcluirvdgbr.blogspot.com
obrigada Julia!
ExcluirEu queria postar toda semana, mas fica difícil, rs
Eu já li A Culpa é das Estrelas e Um Amor para Recordar. Não tenho problemas com o gênero, mas ele me deixa bem triste.
ResponderExcluirAcredito que a tendência é que publiquem mais livros do gênero.
;)
Adoro essa sua coluna. Beijos!
http://livrosyviagens.blogspot.com.br/
obrigada Aline
Excluireu também não tenho problemas com o gênero, mas tenho que estar no clima para ler, rs
bjus
Olá parceira:
ResponderExcluirEu não conhecia esse gênero e ainda não tive curiosidade em ler os livros do post.
Aproveito pra te avisar que hoje publiquei uma TAG e indiquei seu blog.
Depois me visita pra conferir, ok.
Bjs.:
Sil
http://meusdevaneiosescritos.blogspot.com.br/2013/09/meus-personagens-preferidos.html
obrigada Silvana, vou lá sim!
Excluirbjus
Acho que ACÉDE foi o único livro que eu li do gênero e tenho que dizer que amei!
ResponderExcluirhttp://leituramagnifica.blogspot.com.br/
eu ainda não li A Culpa, pode isso? rs
Excluirbjus
Não sabia desse nome dado à livros desse tipo e nem concordo em parte... Não são 'literatura doentia' Ok, podem ser tristes, mas a forma como é tratado o assunto no livro é leve e engraçado. Pelo menos assim foi em A culpa é das estrelas, que foi o único que li desses que você citou, e amo <3
ResponderExcluirBjs!
escritoriando.blogspot.com
eu também não concordo com o nome dado. Acho que é muito pejorativo.
ExcluirOi Bru,
ResponderExcluirDos livros citados eu só li Um amor pra recordar, apesar de ter A Culpa é das Estrelas em minha coleção, o termo utilizado para esse tipo de literatura é muito pejorativo, "Literatura Doentia", me parece com algo que possa causar o mal a alguém, eu sei que esses livros são tristes, porém a mensagem que eles passam acredito que seja que por maior que sejam seus problemas, ainda vale a pena acreditar na vida.
Adorei o post!
Bjks
Patty Santos - Blog Coração de Tinta
http://coracaodetinta.blogspot.com.br/
obrigada Patty, mas infelizmente a mídia precisa chamar a atenção, e não duvido nada que foi por isso que criaram esse nome, rs
Excluirbjus
Não concordo muito com esses subgêneros que a cada dia inventam, mas por outro lado contribui para deixar a temática do livro mais clara para quem ainda não o leu. Ainda não li nenhum desses, mas gostaria muito de ler Extraordinário e A Culpa é das Estrelas. O do Sparks eu passo, obrigada. =P
ResponderExcluirUm beijo, Livro Lab
oi Aline,
Excluireu também não gosto de me prender aos rótulos, mas eles realmente ajudam para já termos uma ideia do que se trata o livro antes de começar, rs