"-
É um sonho? - indaguei, aproximando-me um pouco de meu amigo.
-
Sim e não.
-
Como assim "sim e não"?
-
"Sim" porque é um sonho e "não" porque não é um sonho -
respondeu o monstrinho, contradizendo-se numa única frase. Era da personalidade
de minha criatura sempre me deixar confuso.
-
Zarak, você sabe que não é possível sonhar e não sonhar, não sabe? - comentei,
irritado.
-
Sério?! - replicou ele, fitando-me. - Nunca notei."
"Jogar
dois anos e alguns meses de uma história de vida ao vento é um ato que exige ou
muita estupidez ou muita coragem - ou um pouco das duas -, pois uma vez as
folhas de um livro forem arremessadas de um penhasco, acredite, não será nada
fácil reuni-las outra vez sem deixar pelo menos uma para trás, perdida para
sempre."
"A
sombra demoníaca que surgiu no muro confirmava o meu temor: uma figura
assustadora e com um par de chifres, a visão medieval do Diabo."
"Era
como estar noutro corpo, noutro lugar. Era estranho acordar para a realidade
deste mundo. Era como se minha vida não fosse aqui, mas lá, naquele
mundo."
"-
O medo é algo muito curioso, sabe? - prosseguiu o Anjo. - É uma lâmina de dois
cortes, como uma espada. Vocês o têm para garantirem a sobrevivência, mas o
usam tanto que acaba tornando-o um atraso em suas vidas, uma desculpa viável
para não fazerem algo novo e seguirem em frente, não arriscarem um pouco mais,
não ousarem, não inovarem, não tentarem."
"Sentia-me
incapaz de qualquer coisa ali, como uma formiga diante de uma lente de aumento
que potencializa o calor e a queima sob o riso maligno de uma criança
sádica"
“...você
é um Criativo ou uma criatura?
Ainda
sem alterar a sua frieza e desdém, o nosso salvador respondeu:
-
Nem uma coisa nem outra, mortal. Sou apenas alguém que teve a desgraça de ser
imortal, uma maldição poderosa, e ser obrigado a vagar entro os mundos pela
eternidade e a conviver com mortais que me enchem de perguntas tolas e
insignificantes.”
“Todos
se voltaram para Phyreon. - Vós achais que o filho de uma cadela vira-lata me
teme? – perguntou ele, compreendendo o nosso gesto."
"-
Posso me comunicar com gente morta, como aquele garotinho daquele filme, saca?
– explicou-me o ser imaginário. - “Eu vejo gente morta” e coisas do tipo,
moleque.”
"-
Como e por que a raptaram? - indagou Izaak.
-
A idiota resolveu atacar o filho de uma cadela sarnenta que quer dominar o
mundo.
-
Ela resolveu o que?! - assombraram-se quase todos.
-
Vós tendes algum problema de surdez?
-
Mas, ninguém, nenhum Criativo consegue se igualar a ele! - exclamou Alfredo. -
É pura estupidez alguém atacá-lo diretamente, ainda mais sozinho.
-
Se conheceres Kara, tu verias que ela é estúpida o bastante para tentar. Eu
ainda avisei que era muita idiotice enfrentá-lo, que o bastardo era forte
demais para alguém tão jovem, mas achas que ela me ouve? Não! É uma louca
desmiolada!
“-
Logo o infeliz assumiu a forma de um cavaleiro de armadura branca que soltava
uma fumaça clara muito ridícula e fétida – continuou Phyreon indiferente à
minha mentira. – Como havia alguns nerds, como diz a mortal, ele veio com
aquele papinho de se render, servir a ele, “eu vou matar, trucidar, sou foda,
etc...”. Eu seria muito mais convincente do que aquilo, se quisesse conquistar
seguidores!”
(...)
“...ergui-me,
tomado pela fúria, procurando o covarde, mas ele já tinha ido embora,
Marica!"
A Guerra dos Criativos é uma fantasia autobiográfica escrita por Alec Silva. Uma das leituras mais interessantes que fiz no ano. Você pode conferir nossa resenha AQUI!
Uma ótima quarta-feira a todos
Meu primeiro "frases e citações"! \o/
ResponderExcluirEu tinha que ser o primeiro a comentar :)