[Resenha] Peça-me o que quiser - Megan Maxwell

Com tempero latino e uma abordagem excitante, a autora conta a história da secretária espanhola Judith Flores e seu chefe, o alemão Eric Zimmerman, também conhecido como Iceman: um homem muito sério e com os olhos azuis mais intensos e sexies que ela já viu. Recém-chegado ao comando da empresa Müller, antes dirigida por seu pai, Eric tem uma atração instantânea pelo jeito divertido de Judith e exigirá que ela o acompanhe nas viagens de trabalho pela Espanha. Mesmo sabendo que está se metendo numa situação arriscada, a ideia de estar ao lado de Iceman é irresistível. Com ele, a jovem viverá experiências sexuais até então inimagináveis, em um universo de fantasias eróticas pouco convencionais. Conciliando sexo e romantismo na medida exata, Peça-me o que quiser é uma história de amor cheia de encontros e desencontros, na qual os jogos eróticos, o voyeurismo e o desejo de ultrapassar todos os limites do prazer são os grandes protagonistas.

Título Original: Pídeme lo Que Quieras

Série: Peça-me o que quiser#1

Editora: Suma de letras

Ano: 2013

Categoria: Romance erótico

Nota: 2/5

+ 18

Skoob

Olá pessoas, resenha nova na área! E essa foi difícil de fazer, porque não curti o livro, e apanhei para me expressar e explicar o porquê. Peça-me o que quiser é um livro erótico (e eu quero dizer muiiito erótico mesmo) da autora espanhola Megan Maxwell, o primeiro da trilogia de mesmo nome.

Vamos lá?

Judith Flores é secretária do escritório de Madrid de uma grande multinacional alemã, e é uma jovem bem despojada e dinâmica. Logo nas primeira páginas ela fica presa no elevador com alguns colegas de trabalho e um alemão super atraente, que só mais tarde ela descobre ser o poderoso chefão, o dono da empresa onde trabalha, Eric Zimmerman.

Eric é um homem frio e distante, que encara as mulheres e o sexo como um jogo e diversão. Ele se sente imediatamente atraído por Judith, e fica atrás dela, até conseguir convence-la a iniciar um caso com ele. Assim, eles embarcam em um relacionamento puramente sexual, e Eric introduz Judith em seu mundo de jogos sexuais, marcados por voyeurismo, swing e outras práticas um tanto quanto polêmicas.

Bom, aí me perguntam: E qual a diferença desse livro para tantos outros do gênero? Basicamente nenhuma, :). Mas, diferente de outros livros que já li do gênero, eu definidamente não curti Peça-me o que quiser. Mas vamos explicar por partes, apontando os pontos positivos e negativos do livro.

De positivo eu citaria a personalidade da protagonista, mas isso só me prendeu até um ponto. Judith não tem nada de mocinha tímida e recatada. Ela é uma espanhola temperamental e explosiva, do tipo que não leva desaforo para casa, e ainda tem uma personalidade super divertida. É uma mulher bem resolvida, independente, campeã de motocross e caratê, que dá aula de futebol feminino para crianças e adora sair e se divertir. Porém, após iniciar seu relacionamento com Eric, boa parte dessa personalidade tão cativante vai por água abaixo! É óbvio que a autora tentou construir uma personagem forte, diferente das protagonistas de outros eróticos do momento, mas não conseguiu. Jud se mostrou muito fraca para o meu gosto, se deixou envolver e até mesmo ser humilhada, e aguentou muita palhaçada do Eric. Tinha hora que ela perdia a paciência e rodava a baiana, mas ainda assim, esses momentos de explosão não me convenceram, pois foram poucos.

E Eric? Bom, só posso dizer que odiei o personagem! Nossa, que homem arrogante, prepotente e ranzinza. Não consegui me identificar ou me encantar minimamente por ele, e passei boa parte do livro torcendo para que fosse revelado que ele sofria de transtorno bipolar, porque eu realmente não conseguia ver motivo para tanta mudança de humor e de comportamento sem explicação. Eu até gostei dele no início, mas foi só no início mesmo. Para explicar o quê é esse homem, vou dar dois exemplos: uma hora ele e Judith tiveram uma discussão, coisa de casal, fora do local de trabalho, e o que ele respondeu? Ele me soltou algo do tipo "cuidado com suas palavras, lembre-se que sou seu chefe"!!! e Depois, em uma cena sensual, ela estava insegura de fazer uma coisa que ele pediu, e o que o senhor compreensão fez? Mandou ela ir embora com um "Meu motorista vai te levar em casa"! Tipo, revoltei demais! Isso é no mínimo assedio moral e abuso de poder! E a Judith aceita e acaba fazendo o que ele quer! Entenderam porque não gostei dele, e porque apesar de sua aparente personalidade independente, o lado passivo da Judith foi demais para mim?

O livro tem uma premissa interessante, mas acho que pecou por esses excessos na construção dos protagonistas, sem falar que o relacionamento dos dois não foi muito desenvolvido. Há muito sexo para pouca história. E as cenas de sexo são bem pesadas, tanto pela descrição, quanto pelo tipo de coisas que acontece. No final das contas, eu comecei a saltar algumas dessas cenas, porque eram muito extensas, e eu queria saber o que aconteceria com o casal.

Eu realmente fiquei decepcionada, porque esperava mais. Eu curto eróticos, mas o livro tem que ter história, e esse não teve. Quem gosta livros eróticos por ser eróticos, vai gostar desse. Mas infelizmente esse não é meu caso.

Sobre o trabalho da editora Suma de Letras, só tenho a elogiar. Gostei da capa, a revisão está muito bem feita, sem erros de revisão ou tradução. E a diagramação é simples, mas bem feita, com páginas amareladas, fonte espaçada e há vários e-mails e trechos de músicas no livro, que são tratados com cuidado, com recuos e fontes diferentes.

Bom gente, é isso.

Beijos

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