[Resenha] 4 Semanas de Prazer – Julianna Costa

Dominique Thoen é uma advogada competente e ambiciosa, uma mulher independente que não guarda espaço na sua vida para relacionamentos de qualquer tipo. A raiva que nutre pelo seu colega de trabalho, Gregory Holt, se compara apenas ao desejo secreto que sente por ele. Uma sequência de desventuras, no entanto, leva Gregory a filmar Dominique em um momento íntimo e, no ímpeto de ensinar uma lição àquela mulher impiedosa, ele a chantageia.

Dominique vai aprender a aceitar o desejo insuportável que sente por Gregory sem saber que, do outro lado, ele trava uma batalha idêntica. Juntos vão se aventurar por uma relação sensual, provocante e cada vez mais quente.

Editora/Ano: Universo dos Livros/2014

Categoria: Erótico, romance

Nota: 4/5

+ 18 anos

Skoob

  -  Livro cedido pela Universo dos Livros

Olá pessoal, tudo bem?

No ano passado tive o prazer de conhecer a escrita da autora nacional Julianna Costa, com o livro 23 Noites de Prazer, que foi meu erótico favorito do ano, então vocês nem imaginam o quanto estava curiosa para ler esse segundo livro. E não me decepcionei, embora ainda goste mais do anterior, rs. Apesar do que alguns podem pensar, até pela semelhança entre as capas, 4 Semanas de prazer não é continuação de 23 Noites. São histórias distintas e nada relacionadas.

Então, vamos a resenha?

Dominique Theon é uma advogada bem sucedida. Forte, inteligente, ambiciosa e dedicada, ela não precisa de ninguém para alcançar seus objetivos. Porém, na trilha para o sucesso, ela desenvolveu um comportamento pra lá de antissocial. É bem grossa e antipática com todos, não tem amigos, e é conhecida como a vadia (no sentido de cretina, rs) do escritório. No lado oposto ao comportamento de Dom, temos Gregory Holt, um advogado tão bem sucedido quanto Dominique, porém um exemplo de simpatia, sociável e que acreditava gentileza com o próximo em qualquer situação.

A história entre esses dois começa pra valer quando Gregory grava um vídeo erótico dela, e o usa para chantageá-la. Ele está de mudança para outro estado, e ela está saindo de férias por um mês. Então ele exige que Dom vá para sua nova casa, ajudá-lo com a mudança. Não pense que ele é cretino por isso. Desde o início fica claro para o leitor que ele jamais teria coragem de divulgar o vídeo, e tudo que deseja é dar uma lição de humildade para a terrível Theon.

Na nova casa de Gregory vamos finalmente conhecendo a verdadeira Dominique. Ela acaba se aproximando da vizinhança, e percebemos que aquela aparência fria e grossa era só um mecanismo de auto defesa de uma mulher que teve que batalhar demais para provar que era muito mais que uma jovem de origens humildes, com rosto e corpo perfeitos. E aos poucos vamos conhecendo também o passado de Gregory, que é descendente de uma família rica e poderosa, mas que nem por isso teve uma vida perfeita e fácil.

Eu gostei muito dos protagonistas, mas meu favoritismo vai para Domique. Acho que a Julianna soube trabalhar bem a personagem, porque eu simplesmente a detestei no início, achava ela muito arrogante, grossa e sem educação. Depois fui vendo a verdadeira Dominique, com a bondade e carisma torto que ela escondia. Gostei do Gregory, ele é fofo, mas em alguns momentos se mostrou fraco e manipulável demais.

Ela parecia ser boa sem querer, e ruim de propósito. De qualquer maneira, boa ou ruim, ela era teimosa e inteligente, meu pequeno plano sem dúvida jogaria toda sua fúria na minha direção.

Pág. 23

O relacionamento entre os dois foi bem construído, nada corrido ou acelerado. E a química funcionou bem. Como estamos falando de um livro essencialmente erótico, devo reforçar que há muitas cenas de sexo, bem detalhadas e descritivas, então não recomendo para menores.

Os personagens secundários são ótimos, e complementaram bem a história. Adorei os novos amigos de Dominique, e forma como ela se envolve, mesmo sem querer, em suas vidas. O Clube do Biscoito, como ela os apelidou ironicamente, foi responsável por algumas das cenas mais divertidas da trama. E isso foi importante, afinal, o livro tem quase 500 páginas, e a história dos protagonistas não renderia tanto sem ficar cansativa.

O livro é muito bom, Julianna mais uma vez me conquistou com sua escrita gostosa e fluida. A narração é em primeira pessoa, intercalando os pontos de vista de Dominique e Gregory, o que foi ótimo. E há citações curtas de “E o vento levou” no início de cada capítulo.

Adorei o trabalho da Universo dos livros. A diagramação está muito bem feita, com papel amarelado, e utilização de duas letras diferentes para distinguir as narrações dos protagonistas. A capa é linda, mas acho prejudicial ser muito parecida com a de 23 Noites de prazer, porque leva muitos a pensarem que os livros fazem parte de uma série.

A história é bem clichê e previsível, não me surpreendeu como o livro anterior da autora, mas é uma delícia de ler. Eu praticamente devorei o livro! E nem percebia o tempo passar. Recomendo bastante.

Beijos

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