[Resenha] O Duque e Eu - Julia Quinn

Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo.
Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta.
Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

Título Original: The Duke and I
Série: Os Bridgerton #1
Editora/Ano: Arqueiro/2013
Categoria: romance de época
Nota: 5/5
Skoob

Olá pessoal, tudo bem? Hoje temos a primeira resenha do especial do mês sobre Romances de Época da Arqueiro, e o escolhido não poderia ser outro que um livro da super diva Julia Quinn. Para quem nunca leu um romance de época, eu definitivamente recomendo que comecem pela Julia, pois seus livros são absolutamente apaixonantes e encantadores. Não lembro qual foi a primeira autora do gênero que li, mas há uma chance grande de ter sido ela. Essa resenha, na verdade é de uma releitura, mas percebi como nossa percepção pode distorcer e mudar com o tempo. Mas vamos a resenha, que explico isso melhor lá.

O Duque e Eu - Apaixonante e cativante

O Duque e Eu é o primeiro livro da série Os Bridgertons, na qual cada livro será protagonizado por um dos oito irmãos, que foram nomeados em ordem alfabética pela Viscondessa Viúva, Lady Violet, e o falecido visconde. Só por aí já da para perceber o quanto o humor é importante e presente na história.

Os Bridgerton são, sem dúvida, a família mais fecunda nos escalões superiores da sociedade. Tal diligência por parte da viscondessa e do finado visconde é elogiável, embora se possa chamar apenas de banal a escolha dos nomes de seus filhos. Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth - a ordem, claro, é benéfica em todas as coisas, mas é de se pensar que pais inteligentes sejam capazes de manter os filhos na linha sem necessidade de ordenar os nomes pelo alfabeto.

Página 17

Nesse primeiro livro somos apresentados a história de Daphne e Simon Basset, o Duque de Hasting. Daphne é irmã de Anthony, o Visconde de Bridgerton e melhor amigo de Simon, e é louca para se casar e ter um monte de filhos, como os pais, mas ela é do tipo comum entre as beldades debutantes, e não chama muita atenção. Já Simon não deseja se casar, nem ter filhos nunca. mas logo se transforma no solteiro mais cobiçado da cidade. Então, eles decidem fingir que Simon a está cortejando, de forma que ela passasse a chamar mais a atenção dos homens, e ele conseguisse afastar as pretendentes e mamães casamenteiras. Mas, obviamente, os dois acabam se envolvendo em circunstâncias que mudam por completo seus planos.

Esse livro é ótimo, e composto pelos clássicos elementos dos romances de época que tanto me fazem suspira: romance, humor, drama, doçura, inocência e uma pitada de sensualidade. Julia tem uma escrita super leve e sabe como fazer o leitor rir em vários momentos. Foi super divertido acompanhar as loucuras das mamães casamenteiras tentando empurrar seus filhos para os melhores partidos possíveis, e entre essas mamães, a Viscondessa Bridgerton é uma das mais sagazes. Entretanto, apesar de querer casar, e bem, os oito filhos, ela os ama incondicionalmente e deseja que eles encontrem companheiros que os amem e os façam felizes, como seu falecido marido lhe fez.

É impossível não se apaixonar pelos Bridgertons, pois são uma família unida por um amor incondicional, numa época regida por interesse e troca de favores. Então, em vez de vermos os irmãos mais velhos de Daphne (e ela tem três, tadinha) a empurrando para o melhor licitante, o que vimos foram eles afugentando vários, com suas caras fechadas e super proteção. E talvez por isso Daphne seja uma mocinha bem a frente de seu tempo, que sabe se impor, enfrenta os homens de sua família e não abaixa a cabeça para Simon.

Simon é encantador, e carregua vários traumas. Desde criança ele sofreu uma terrível rejeição de seu pai, por um problema que o velho Duque considerava uma deficiência vergonhosa e humilhante para a família. Por esse motivo, é tão contrário ao casamento, e luta com todas as forças contra o que começa a sentir por Daphne. E também foi por isso que ele me irritou em alguns momentos, porém a fase "idiota de ser" do Simon foi muiiiiito menor e mais leve do que o que eu me recordara, e dessa vez, eu realmente entendi seus motivos, a luz do nível do trauma que seu pai deixou em seu psicológico.

Outro ponto alto da trama, sem dúvida, é a misteriosa Lady Whistledown, pseudônimo de uma corajosa e super bem informada escritora de fofocas de um jornal da época. E é com passagens das colunas dessa gossip girl do século XIX que cada capítulo começa.

Dizer que os homens podem ser teimosos como mulas seria um insulto às mulas.

Crônicas da Sociedade de Lady Whistlendown

Pág. 222

O livro é escrito em terceira pessoa, e o vocabulário não é nada rebuscado ou difícil, contribuindo para uma leitura mais fluida e dinâmica. Há cenas sensuais, mas nada descritivo ou muito detalhado. A diagramação é simples, com capítulos iniciando no meio das página, mas a letra é grande e as páginas amareladas. Vi poucos erros de revisão, mas nada que comprometa a leitura. E a capa é super linda e fofa.

Como eu disse, essa foi uma releitura, pois li O Duque e Eu pela primeira vez há uns 5 anos, quando o livro foi lançado no Brasil como edição de banca, pela extinta Nova Cultural (por isso eu digo, abram seus horizonte e deixem o preconceito de lado, incluindo contra romances de banca)! Porém, como não me lembrava do livro em detalhes, cismei que Simon tinha sido um tremendo cretino, e por isso a primeira edição do livro está com nota 4 no meu skoob (percebam que a atual tem 5 :) ). Agora ao relê-lo, percebi que tinha confundido a história com uma outra, na qual o protagonista foi mesmo um cretino, rs.

Bom gente, é isso. E vocês, já leram o livro?

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