[Resenha] O Rei (IAN#12) - J. R. Ward

Das sombras da noite em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma furiosa guerra entre vampiros e seus assassinos. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por guerreiros vampiros defensores de sua raça.

Restante da sinopse com spoilers. Leia no skoob.

Título original: The King

Série: Irmandade da Adaga Negra#12

Editora/Ano: Universo dos Livros/2014

Categoria: fantasia urbana, adulto, sobrenatural

+18

Skoob

Olá pessoal, tudo bem?

Hora de dar sequência as resenhas da série Irmandade da Adaga Negra, de J. R. Ward. Essa é uma série sobrenatural de fantasia urbana para adultos e cheia de ação, romance, sensualidade e pancadaria! \o/. O Rei é o 12º livro e representou um divisor de águas na série. E isso foi tão forte, que pôde ser percebido no próprio título, uma vez que a autora abandona a palavra Amante (Lover), presente nos 11 títulos anteriores. Eu li esse livro pela primeira vez no início de 2014, assim que lançou nos EUA, e agora releio em português, na publicação da Universo dos Livros.

Para evitar spoilers, farei como nas resenhas dos livros anteriores, e dividirei essa em duas partes. Na primeira, falarei mais sobre minhas impressões sobre o livro. A segunda parte contém spoilers da série, mas não do livro, e recomendo que seja lida apenas por quem leu o livro até o décimo primeiro livro.

Vamos lá?

O Rei inicia uma nova fase na série Irmandade da Adaga Negra - IAN. É muito comum em séries tão longas a existências das famosas pontas soltas, que vão sendo deixadas pelo caminho. Com IAN não foi diferente. Eu absolutamente amo a série, o que me faz relevar algumas incoerências existentes de um livro para o outro, mas isso não significa que eu não as veja. Não sei se por percepção própria, da editora, ou reclamações dos fãs, o fato é que a autora também se deu conta disso, e de que precisava aparar algumas dessas pontas. E que melhor forma de fazer isso do que revisitando os antigos casais?

Bom, para quem não sabe, a série composta por livros protagonizados por casais diferentes, e O Rei coloca o foco no Rei e na Rainha dos vampiros, Wrath e Beth, protagonistas do primeiro livro da série, Amante sombrio. E isso foi uma jogada de mestre por dois motivos: 1º) esse é um dos casais favoritos dos fãs, e acompanhar a história dos dois sempre é atrativo; 2º) desde o livro 10 observamos uma importante movimentação política, uma verdadeira guerra de poder, com os aristocratas (cretinos) tentando dar um golpe de estado, e a melhor forma de abordar a situação é tendo o Rei como protagonista do livro.

O Rei foi o livro mais político da série até o momento. Ainda temos muitas cenas de ação e lutas, mas os acontecimentos mais importantes da trama foram aqueles envolvendo os bastidores políticos, as leis e o poder da pena. E isso foi SEN-SA-CIO-NAL! O mais interessante para mim, foram os flashbacks mostrando os pais de Wrath, os reis anteriores, enfrentando seu próprio jogo de poder. Gostei disso porque em vários momentos Wrath se compara ao pai, achando que nunca poderia ser um rei tão bom, por ter sido primeiro um guerreiro e lutador. O passo que vemos o quanto seu pai se incomodava por não dominar as técnicas de lutas, e desejava que o filho soubesse se defender, incluindo fisicamente.

O Rei é um dos meus livros favoritos da série, e quando eu digo que é um divisor de água na história, é porque realmente foi. Os acontecimentos desse livro, principalmente no final, são incríveis, e afetarão toda a sociedade dos vampiros daqui para frente.

Além disso, cabe os comuns avisos sobre o conteúdo adulto da obra. Não considero essa uma série erótica, pois esse não é o foco, mas há várias cenas hots, bem descritivas. Além disso, cabe atenção a linguagem mais pesada e recheada de palavrões e cenas de violência. Por isso, não recomendo a leitura para menores de 18 anos, ou pelo menos 16.

Adorei o fato de a Universo dos livros ter mantido a capa original, que é muito bonita. A diagramação é simples, porém muito bem feita, e não vi erros de tradução ou revisão. Por falar em tradução, está excelente, sem a suavização dos livros anteriores.

Parte 2 - Com spoilers

Leitura recomendada para quem tenha finalizado pelo menos o 11º livro

A parte 2 será curta dessa vez, apenas para apontar algumas questões que achei melhor não falar lá em cima.

Matando a curiosidade geral da nação: Um dos focos desse livro é sim a questão do herdeiro real. Não vou dizer se Beth engravida ou não, mas isso é motivo de atrito na relação do casal. Ela quer muito um bebê, e tem tentado de tudo para acelerar a vinda de seu período de necessidade (o período fértil das vampiras é diferente das humanas, e leva anos para ocorrer). Enquanto isso, Wrath não quer nem saber de um filho, porque a taxa de mortalidade de grávidas é gigantesca na raça dos vampiros, e ele não quer arriscar sua amada.

Outro ponto é a gravidez eterna de Layla (desteto ela e o destaque que vem tendo). Tá, eu sei que as vampiras levam 18 meses para ter seus babies, mas o rebento da escolhida parece não vai nascer nunca! 

No lado dos vilões, temos Xcor e seu Bando dos Bastardos, cada vez mais envolvidos nos planos da aristocracia de dar um golpe de estado. Isso me irritou muito, porque sei que Xcor será protagonista de um livro futuro, e não consigo me imaginar aceitando essa situação. Ele age por ganância e sede de poder, e já vejo que não vou acreditar em sua “redenção”.

Nas tramas paralelas, temos muitas questões, como Assail e Sola, que está em perigo, assim como a aproximação entre Trez e a escolhida Selena. Por falar em Trez, como um cara super carismático vira esse mala sem alça? Pelo menos seu irmão, iAm, vem se revelando um macho de valor (linguagem IAN, rs).

Bom, é isso pessoal.

Beijos

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