[Resenha] A Rainha – Kiera Cass

Uma das personagens mais cativantes de A Seleção é a rainha Amberly, mãe do príncipe Maxon. Ao longo da série, descobrimos pouca coisa a seu respeito, e muitas dúvidas permanecem: como uma pessoa tão bondosa e gentil se apaixonou por um homem rígido e impiedoso? Por que Clarkson a escolheu, considerando que ela vinha de uma casta baixa e de uma província pobre? E qual era exatamente seu estado de saúde?

Chegou a vez de Amberly contar sua própria história. Em A rainha, disponível em edição digital, acompanhamos a Seleção anterior à de America Singer, quando Amberly foi ao palácio com outras trinta e quatro garotas para disputar o coração do então príncipe Clarkson. O leitor enxergará uma nova faceta do rei através dos olhos apaixonados de Amberly, entenderá melhor o relacionamento dos dois e conhecerá um pouco mais do passado dessa personagem tão encantadora — uma garota simples que provou que uma rainha pode vir de qualquer casta.

Título original: The Queen

Série: A Seleção # Livro 0,5

Editora: Seguinte

Ano: 2014 / Páginas: 70

Categoria: romance juvenil, YA

Nota: 5/5

Skoob 

Olá pessoal, tudo bem?

Hoje temos mais um conto de Kiera Cass, a autora que me conquistou com sua fluida e cativante escrita, ao mesmo tempo que me irritou com um dos triângulos amorosos mais chatos que já vi: Maxon/America/Aspen. Acho que todos que leram minhas resenhas dos livros anteriores e os Top's da Retrospectiva 2014, já perceberam essa minha relação de amor e ódio com a série A Seleção, rs. Acho que por isso, e também por causas das resenhas que li de A Rainha, li o conto sem muitas expectativas, e acabei me surpreendendo muito, positivamente!

A Rainha é um prequel da série, e conta a história dos pais de Maxon, ao mostrar a Seleção do Rei Clarkson, e como foi que escolheu Amberly. Aqui conhecemos um pouco do jovem Clarkon, um homem metódico, sério e que preza a ordem acima de tudo. Ele detesta os pais, que são um casal pra lá de disfuncional, e me pareceram também, governantes inconsequentes. E também conhecemos Amberly, a jovem de casta 4, mas que teve uma vida muito dura e realizava tarefas braçais de um 7. Amberly vivia na área mais poluída de Ilhea, o que afetou muito sua saúde.

Gostei da interação dos dois, eles me convenceram do carinho e afeto existente entre ambos. Amberly é a típica jovenzinha apaixonada pelo príncipe encantado. Ela se apaixonou pela imagem do Príncipe Clarkon quando ainda era criança, e ao entrar na Seleção, o que mais almejava era o homem, não o poder. Clarkon me surpreendeu em algumas partes, ao se mostrar tão preocupado e atencioso. Deu para perceber que ele realmente gostava de Amberly.

Porém não vi um desencontro tão grande das personalidades do jovem Príncipe Clarkson e sua versão mais velha, do Rei Déspota e Autocrático. Digo isso porque antes de ler o conto, vi algumas resenhas que diziam que não entender como Clarkson ficou tão ruim, porque ele era um fofo encantador. Bom, ele era charmoso sim, mas desde o início do conto percebi todos os traços de personalidade que o levariam a se tornar o homem e rei que se tornou. Ele é extremamente metódico, arrogante e autoritário, mesmo que isso seja camuflado por uma capa charmosa. Ele odeia os pais, mas acho que porque os considera fracos. Em momento algum, percebi qualquer preocupação com a sociedade, e ele não pisca para ameaçar ou coagir quem frustre seus interesses. Ou seja, por mais encantador que o jovem Clarkson tenha parecido, todas as raízes do homem que ele se tornou estavam lá.

E vi o mesmo em relação a Amberly. Quando li a série A seleção, uma das coisas que me perguntava era como uma mulher aparentemente tão doce e boa podia amar um homem como Clarkson, como ela podia ser cega as atrocidades que ele cometia, incluindo contra o filho. Em A Rainha, percebemos que foi assim desde o início. Ela sempre amou Clarkson cegamente! Determinou que seria seu porto seguro e sossego, que nunca iria incitar sua ira, e assim fez.

Por isso eu simplesmente adorei A Rainha. É uma linda história de amor, sem dúvida, mas buscando nas entrelinhas, é possível enxergar como esses dois jovens se tornaram os governantes que conhecemos.

A narração é em primeira pessoa, feita por Amberly, e a leitura é uma delícia. Não sei o que a Kiera tem, mas ela consegue me cativar mesmo, com sua escrita. Sobre a diagramação, mais uma vez só tenho a elogiar a Editora Seguinte. Mesmo em um ebook eles conseguem fazer um trabalho bem feito. Há aquelas lindas coroinhas, marca da série e a revisão está impecável. Apenas a capa deixou a desejar, porque é muito simples, se comparada a linda capa do ebook original.

Sei que essa resenha ficou enorme, ainda mais se tratando de um conto, então vou parando por aqui. Espero que tenham gostado.

E quem leu os livros da série, não deixe de ler A Rainha.

Beijos

Resenhas da série A Seleção:

1 - A Seleção

1,5 - O Príncipe

2 - A Elite

2,5 - O Guarda

3 - A Escolha

.